A procuradora especial da Mulher da Assembleia Legislativa, deputada Augusta Brito (PCdoB), informou ontem no Parlamento estadual que a Caravana de Combate à Violência Contra a Mulher, ação da Procuradoria em parceria com o Governo do Estado, por meio das Coordenadorias de Mulheres e de Juventude, além da Secretaria de Educação, estará amanhã em Cariré. Desta vez, o palco das atividades será a Escola Profissionalizante Guiomar Belchior Aguiar, onde, a partir das 14 horas, haverá palestras e debates sobre o tema. "Vamos lutar contra esse tipo de violência. Não precisa ser mulher para defender os direitos das mulheres", frisou Augusta.
A parlamentar explicou que o objetivo do projeto é conscientizar jovens estudantes sobre os males do machismo e da violência contra a mulher. "Queremos formar multiplicadores da equidade de gênero na família e comunidade. Portanto, essa ação é de fundamental importância para a formação do caráter dos jovens e adolescentes", ressaltou. Também estava agendada para a manhã desta sexta-feira atividade da Caravana em Sobral, mas esta será remarcada.
A Caravana de Combate à Violência contra a Mulher promove em escolas estaduais debates sobre igualdade de gênero, respeito à diversidade e reflexões sobre variadas formas de violência contra a mulher. A proposta é que ela percorra 16 municípios.
As primeiras atividades aconteceram em junho passado, após o lançamento oficial do projeto realizado em maio durante audiência pública. Até agora foram visitadas sete escolas, sendo três em Fortaleza e as demais localizadas em Caucaia, Pacujá, Frecheirinha e Quixadá. O público alcançado, segundo levantamento da Procuradoria Especial da Mulher, é estimado em cerca de 2.800 alunos, sendo 400 por escola visitada. A meta é que sejam atingidos 8 mil estudantes.
Procuradoria
A Procuradoria Especial da Mulher do Ceará fez cinco anos no último dia 3 de julho. Todavia, em discurso recente, a procuradora Augusta Brito lamentou que não haveria motivo para comemoração. "Enquanto buscamos fortalecer as políticas públicas para as mulheres, o que vemos é um desmonte nacional dessas políticas, vemos o machismo crescente em nossa sociedade e o agravamento da violência contra nós, mulheres", apontou.
Ela lembrou que a Procuradoria "nasceu da necessidade objetiva que víamos na Assembleia de participação maior das deputadas na fiscalização e representação dos direitos da mulher" e visa a cooperação com organizações voltadas à implementação de políticas públicas a mulheres.