Com a aproximação do pleito eleitoral, começa as idas dos pretensos candidatos às suas bases eleitorais com mais frequência, o que, inclusive, pode ser notado na ausência cada vez mais constante de parlamentares no Plenário 13 de Maio, da Assembleia Legislativa. Também, segundo os próprios deputados, começa a disputa por espaços dos pretensos candidatos e até mesmo deles próprios, resultando no que chamam de invasão dos colégios eleitorais.
Os chamados de "aventureiros", "paraquedistas" ou "forasteiros", estão intensificando visitas aos locais em que já havia um trabalho sendo realizado, por alguns dos atuais deputados. Além dessa presença mais constante de parlamentares em busca de votos, também é comum que as próprias lideranças busquem apoios em troca de vantagens, muitas vezes, eleitorais.
Ideológica
De acordo com informações, há prefeito que já esteve se encontrando com o governador do Estado, Camilo Santana, e nesses encontros foi acompanhado de até quatro deputados diferentes. Mesmo tendo garantido compromisso com um determinado parlamentar, tais lideranças acabam se aliando àquele que lhe garantir maior vantagem no pós-pleito.
Segundo informou Roberto Mesquita (PSD), ao se intensificar a corrida eleitoral percebe-se a chegada cada vez mais constante de "forasteiros e milagreiros" em todos os recantos do Estado. Segundo ele, cabe a população fazer uma triagem e ficar de olhos abertos para não ser enganada. "Tem também os deputados 'chapa branca', que escorados no Governo fazem todo tipo de promessa, que com o tempo, se transformam em miragem, e via de regra, são grandes decepções", enfatiza.
Para o deputado Manoel Santana (PT) "são poucos os que têm ética na política e respeitam o espaço dos outros". Ele destaca que candidatos ricos saem "comprando" apoio em todo lugar onde tem oportunidade. "Aqueles que fazem a disputa ideológica fazem o debate mais intenso, a tensão política acaba aumentando. A ética é qualidade cada vez mais rara no Brasil, principalmente, na política".
Leonardo Araújo (PMDB) reclama daqueles que ele chamou de "paraquedistas", mas também dos que praticam o "vampirismo", visto que se utilizam de bandeiras de outros para se promoverem, falando dos que não têm serviços prestados.