A saúde pública foi o tema mais debatido da tribuna da Assembleia Legislativa ontem. A deputada Silvana Oliveira (PMDB) antecipou que apresentaria na Casa projeto de indicação propondo a criação de um hospital destinado ao tratamento paliativo de pacientes que sofrem nos hospitais. Ela pediu apoio dos demais parlamentares e do Governo do Estado. "Desafogará o nosso sistema de saúde, vai proporcionar que as cirurgias, inclusive de emergência e eletivas, tenham fluxo normal", apontou.
O vice-líder governista na Assembleia, deputado Leonardo Pinheiro (PP), que também é médico, destacou ações do Governo do Estado no combate às arboviroses e imputou a culpa pela crise na saúde pública ao Governo Federal. "O Governo do Estado, hoje, para cada R$ 1 do Governo Federal, entra com R$ 4. A saúde praticamente está sendo bancada pelo governo estadual num modelo que preconiza de forma totalmente diferente", criticou.
Depois de Leonardo, Heitor Férrer (PSB) disse que o antecessor não parecia estar se referindo ao Ceará. "Esse mundo externado não é o que vejo a partir de relatos de quem nos procura", contrapôs. Ele repercutiu matéria publicada no Blog Edison Silva, do Diário do Nordeste, no último sábado (15), a qual aponta que o Estado não teria mais recursos para ampliar o Hospital do Coração de Messejana.
Heitor disse que o Estado fez "arruaças" com dinheiro público ao gastar R$ 525 milhões na Arena Castelão, outros R$ 486 milhões no Centro de Eventos, R$ 219 milhões no Centro de Formação Olímpica e R$ 144 milhões no Acquário, que sequer foi concluído, além de outras obras que não considera prioridades para a administração. "Lamentamos profundamente que os governantes não estabeleçam as prioridades que melhoram a vida das pessoas", afirmou o opositor.