O debate foi promovido pela Comissão de Juventude, para discutir a paralisação do equipamento, e atendeu a solicitação do deputado Bruno Pedrosa (PP).

O parlamentar afirmou que aguardava posicionamento do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (IMCBio), ligado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e responsável pelo licenciamento ambiental da área, sobre a demora na concessão da licença que permitiria a readequação do teleférico. O instituto foi convidado a participar da audiência, mas não compareceu.

Para o deputado, questões políticas e mudanças no Governo Federal não podem travar o desenvolvimento da região da Ibiapaba e do Estado como um todo. “Uma demora inexplicável diante do que representa o bondinho, com geração de emprego, renda e turismo, oportunidade para toda a população da Ibiapaba. Não é aceitável ficar dois anos em busca de uma licença ambiental”, pontuou.

O equipamento existe há mais de 40 anos e mantinha-se em funcionamento com reparos e manutenções, sem nunca ter passado por modernização.

Com a conclusão da licitação, no valor de quase R$ 10 milhões, o contrato da reforma tem vigência de um ano, mas o tempo de execução da obra deve ser de nove meses, segundo a coordenadora do Prodetur Nacional, Juliana Brauner.

A obra vai abranger parte elétrica, com modernização dos cabos de suspensão do bondinho, reforma de banheiros e do próprio teleférico, além de construção de um mirante.

De acordo com o prefeito de Ubajara, Renê Vasconcelos, inicialmente, o projeto na área do bondinho, que possui duas plataformas, superior e inferior, contava com dois banheiros na parte inferior, onde fica o acesso à Gruta de Ubajara. Porém, por se tratar de área de reserva, dentro do Parque Nacional, a construção dos banheiros foi considerada indevida pelo Ibama, provocando o entrave da licença ambiental. Segundo Renê, o projeto foi refeito.

Ainda conforme o prefeito, a região recebe em média 200 mil visitantes por ano. “Muitas vezes, a riqueza da serra não é enxergada como deveria. A revitalização é importante para a região e é também um investimento público”, ressaltou.

CF/CG