O governador Camilo Santana (PT) afirmou que não vai exonerar os secretários Arialdo Pinho (Turismo) e Antonio Balhmann (Assuntos Internacionais), acusados de articularem propinas de R$ 20 milhões na delação da JBS. A declaração foi feita em evento de regulamentação do Parque do Cocó. “Não existe nenhuma denúncia formal, o que existe é um delator criminoso que fez uma declaração na imprensa, e eu não vou partir qualquer atitude do meu governo baseado em criminoso que faz delação”, disse.
Requerimentos que pedem a saída dos secretários, propostos pelo deputado estadual Heitor Férrer (PSB), tramitam na Assembleia. Eles estavam na pauta da sessão da última quinta, 1°, mas não foram votados por falta de quórum.
Sobre a delação dos executivos da JBS, o ex-governador Cid Gomes (PDT) afirmou que vai processar o empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS, que o acusou, na delação, de articular o dinheiro para a campanha de Camilo. “Já estou constituindo um advogado e vou processar o elemento lá pelo que ele falou”.
Cid disse que os acontecimentos o “motivaram a pensar mais objetivamente a uma candidatura” ao Senado, mas que isso ainda não está fechado. “É o partido quem decide e isso só vai acontecer se for importante eu ser candidato ao Senado para os dois projetos principais do partido, que são a reeleição do Camilo e o Ciro para presidente”. (LA)