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Deputados criticam a prática do caixa 2 - QR Code Friendly
Quarta, 15 Março 2017 04:19

Deputados criticam a prática do caixa 2

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Deputado Carlos Matos defende que a Justiça cumpra o seu dever e salve a democracia Deputado Carlos Matos defende que a Justiça cumpra o seu dever e salve a democracia ( Foto: José Leomar )
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro na última segunda-feira, Emílio Odebrecht afirmou que a prática de Caixa 2 sempre existiu nas campanhas eleitorais do País. A declaração motivou a manifestação de alguns deputados estaduais cearenses.   Em entrevista ao Diário do Nordeste, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) lembrou que tão logo se encerraram as últimas eleições municipais ele levou para o plenário da Assembleia Legislativa o que chamou de abuso do poder econômico e a incapacidade de o poder público coibir tais práticas. Segundo Felipe, resultado dessa incapacidade, da cultura e da legislação, a declaração de Odebrecht expõe o que já é de conhecimento público.   "Grande parte da sociedade sabe disso. O enfrentamento nunca foi feito de forma efetiva, mas apenas em alguns momentos da história do Brasil. Aqui e acolá ele se acende, como vimos na véspera do impeachment e, de repente, começa a se chamar caixa 2 o que antes era propina".   Ele avaliou que a transformação do que há hoje para o que se pretende ter será muito lenta e pregou a necessidade de que haja restauração cultural da sociedade como um todo. "Precisamos que exista, de fato, uma melhoria da educação, embora nem sempre a pessoa formada, com nível superior, apresente nível de consciência", aponta.   "Hoje, mesmo o que é captado oficialmente nas campanhas deixa o candidato, de certa forma, refém das empresas. Imaginemos um político como Eduardo Cunha que recebeu R$ 6,5 milhões de um banco privado e, por isso, foi favorável à terceirização. Por isso fui e sou contra empresas privadas financiando campanhas, seja de modo oficial ou por Caixa 2".   Carlos Matos (PSDB) diz que o esforço que tem sido feito pela Operação Lava-Jato deve ser renovado, a fim de que sejam minimizados, se não for possível cessar os abusos políticos. "Querer fazer porque todo mundo já fez ou porque já se fazia ou se deixou de fazer, não é relevante neste momento. O importante é que mesmo no caixa 1, onde havia dinheiro oficial, existia dinheiro oriundo de roubo, de desvios da máquina pública", disse.   Matos afirma que considera estranho o silêncio do próprio Marcelo Odebrecht e disse que quem está tendo voz para falar são pessoas que não têm credibilidade para a sociedade, "porque fizeram o maior esquema de corrupção no País e isso está sendo desvendado".   A Justiça, no seu modo de ver, tem feito o trabalho dela e deve passar a limpo aquilo o que for preciso, assegurando que o Brasil seja comparado às melhores democracias. "Nosso País é jovem na democracia. Não podíamos votar até 1982, quando foi instituído o voto direto", lembra. "Os partidos precisam ser fortalecidos. A confiança da política precisa ser devolvida e a Lava-Jato pode dar a sua contribuição", avaliou. "Nós precisamos ter sistemas que, de fato, possam permitir que pessoas de bem entrem na política e nela permaneçam", completou.   Além disso, segundo o tucano, deve haver cobrança maior por parte da sociedade. "Precisamos de avanços importantes, o que até já tivemos, mas foram enfraquecidos".
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