Presidente da Associação dos Servidores do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Humberto Tabosa, pediu ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para fazer uma auditoria na folha de pessoal da Assembleia e foi desautorizado por colegas. O presidente do TCE, conselheiro Edilberto Pontes, estava em Brasília, ontem, quando foi indagado sobre o pedido.
Ele ainda não conhecia, mas fez questão de afirmar que o TCE não entraria nessa "briguinha", pois suas auditorias são definidas de acordo com os critérios do próprio Tribunal e com bastante antecedência.
No pedido de auditoria, depois de falar sobre o pedido de extinção do TCM, em tramitação na Assembleia Legislativa, o servidor desautorizado alega que o Legislativo cearense não é transparente. A assessoria da Assembleia reagiu e, nas redes sociais, foram várias as manifestações de servidores do TCM desautorizando o presidente da Associação e ressaltando o Poder Legislativo.
Desde quando o Diário do Nordeste informou, na semana passada, sobre a Proposta de Emenda à Constituição do Ceará, extinguindo o TCM, foram várias as manifestações da Associação dos Servidores e outras, contra a iniciativa liderada pelo deputado Heitor Férrer e apoiada por mais de 20 outros deputados.
Com a extinção do TCM, segundo a proposição, os conselheiros ficariam em disponibilidade e os servidores passariam a integrar os quadros do Tribunal de Contas do Estado, a quem competiria fiscalizar as contas das 184 prefeituras cearenses e as respectivas câmaras municipais. A matéria, segundo alguns dos seus proponentes, deve ser votada ainda neste ano.