Ely classificou o Ronda como um dos melhores programas já implantados no Brasil, ao ponto de já ter sido copiado em outros estados do País. “Não é o Ronda uma polícia investigativa. Não é o Ronda uma polícia para combater o crime organizado. É uma polícia comunitária colocada no meio da rua para atender às necessidades mais urgentes das vítimas dos facínoras”, explicou.

O parlamentar admitiu que falhas precisam ser corrigidas. Contudo, ponderou que moradores de cidades ainda não atendidas pelo programa reclamam, diariamente, a implantação do Ronda. “Não é só uma polícia que prende, desarma e patrulha. Mas também atende pessoas. Quantos partos já foram feitos por PMs do Ronda? Quantas apreensões de armas? Se não fosse o Ronda, a violência seria ainda mais acentuada”, disse.

Segundo ele, pelo menos 40 grandes cidades cearenses já contam com o programa. “É uma polícia que tem prestado uma larga folha de serviços”, considerou. Ely foi complementado pelo deputado Mário Hélio (PMN).“Lembramos muito bem que, até pouco tempo, a segurança pública do Ceará fazia vergonha. E, agora, a prefeita quer desqualificar o maior programa que o Estado já viu?”.

Para ele, a segurança pública é setor dependente de políticas públicas em outras áreas. “A primeira é a do equipamento. E foi resolvido. Mas precisamos também da ajuda dos municípios, que precisam fazer programas para tirar o jovem da rua. Profissionalizar o jovem”, avaliou.

O deputado Roberto Mesquita (PV) lembrou que o Ronda do Quarteirão foi uma promessa de campanha do governador Cid Gomes em 2006. “O Ronda é um bom programa. Com relação à sensação de segurança que imaginávamos que iríamos ter, temos que discutir. O efeito na qualidade da segurança não foi o esperado. Daí a criticar o programa, não sei se é o correto. O Ronda foi uma conquista do povo”, frisou.
BC/CG