O deputado Neto Nunes (PMDB), que solicitou o debate e está à frente dos trabalhos relativos ao georreferenciamento dos municípios cearenses, disse que a definição dos limites é um grande problema, existente desde a época que não haviam as tecnologias utilizadas hoje para realizá-la.

“As cidades foram crescendo rapidamente e umas invadindo territórios de outras, o que ocasionou enormes indefinições. O Ceará é o segundo estado brasileiro a realizar esse georreferenciamento e já definimos os limites de 63 municípios no Interior. Agora, chegou a vez da Região Metropolitana de Fortaleza”, explicou. O parlamentar informou também que o único estado brasileiro que já tem os limites de todos os seus municípios definidos é Santa Catarina.

Neto Nunes afirmou ainda que o objetivo do debate é tentar chegar a um denominador comum, pois não é certo um prefeito querer que a população de outros municípios pertença ao seu. “Estamos nessa caminhada pelo Ceará inteiro, já que a grande maioria dos prefeitos não sabe onde começa e onde termina cada município. Temos que resolver essa questão criando o menor trauma possível para as pessoas que moram em cada comunidade”, concluiu.

O deputado Fernando Hugo (PSDB) citou a problemática das comunidades de Pedras do Ancuri que, de acordo com ele, estão divididas entre Fortaleza e Itaitinga. O tucano solicitou ao deputado Neto Nunes que realize uma audiência pública naquela região, pois o prefeito de Itaitinga levou a taxa de iluminação pública para aquele município e deixou os demais serviços a cargo da prefeitura de Fortaleza. “Ele devia ter levado escolas, creches, água e todos os demais serviços, porque a população está revoltada”, acrescentou.

Já o deputado Hermínio Resende (PSL) falou sobre a situação do município de Maracanaú, e registrou que fica honrado em participar da discussão em defesa dos limites daquele município. “Vamos lutar para que Maracanaú não perca um centímetro de seu território, pois a prefeitura oferece serviços, em todas as áreas, entre elas, saúde, educação e segurança pública. O bom senso tem que prevalecer”, encerrou.
RT/LF