Segundo o parlamentar, quase mil cidades foram identificadas como pontos de turismo sexual. Conforme observou, cerca de 1.500 denúncias de exploração foram feitas no Ceará de janeiro a maio deste ano, número 68% superior ao registrado no mesmo período de 2011. “A causa principal é a desigualdade social”, afirmou.
O parlamentar disse ainda que, em geral, a exploração ocorre dentro de casa, com parentes bem próximos sendo agentes do crime. “Às vezes, agem por terem um distúrbio. Meninas engravidam com 12, 13 anos de idade e tornam-se mais um transtorno para a família e a sociedade”, alertou.
De acordo com Lucílvio, pontos públicos de exploração sexual são fáceis de encontrar em Fortaleza. Ele citou as avenidas José Bastos e Leste Oeste, além da Praia de Iracema, Castelão, Passaré, Barroso, Jardim União e Riacho Doce. “Tem que ter uma casa de recuperação para ajudar o explorador, se o caso for dependência de álcool, e a criança. Se ele tem distúrbio, que trate com equipe multidisciplinar e religião”, frisou.
BANCOS E SAÚDE
Girão comentou ainda a iniciativa da Câmara de Vereadores de Fortaleza e do Sindicato dos Bancários do Ceará de criar um estatuto de segurança para as agências não sofrerem tantos ataques como os registrados nos últimos meses. O projeto prevê a obrigatoriedade da instalação de portas giratórias e detectores de metais nos bancos.
“Devia ter bloqueador de celular também. Sei que o cidadão ficaria chateado, mas é para o bem de todos. É melhor do que se expor, ser assaltado e até morto”, ponderou.
Por fim, ele denunciou a falta do medicamento “declometazona” (corticóide anti-inflamatório para asmáticos) em unidades de saúde mantidas pelo Governo. A distribuição teria sido suspensa há cinco meses prejudicando cerca de 1.200 pacientes. “Parece que a Secretaria de Saúde (Sesa) tem culpa. Não pode faltar”, sublinhou.
BC/AT