O músico alagoano, que viveu 65 anos, passou por diversas experiências para ganhar a vida. Foi dono de bar, fabricante de sapatos, hoteleiro, subdelegado e até carcereiro. Mesmo lutando pela sobrevivência, encontrava tempo para se dedicar à música.
Em 1923, foi para Recife onde começa a cantar na recém-inaugurada rádio Clube de Pernambuco. No Rio de Janeiro, poucos anos depois, alcançou popularidade, dividindo o palco com Jararaca e Ratinho, Dercy Gonçalves, Arthur Costa, entre outros.
Augusto Calheiros e o grupo de músicos que o acompanhavam tocava músicas regionais como emboladas e cocos, ritmos até então desconhecidos na cidade, e trajavam roupas sertanejas, com chapéus de abas largas erguidas na frente. O cantor tornou-se conhecido como A Patativa do Norte, por sua voz afinada e estilo peculiar de interpretação.
Produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentado por Narcélio Limaverde, Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h.
JM/AP