Os integrantes do PT na Assembleia Legislativa, os deputados Elmano de Freitas e Rachel Marques, acreditam que a presidente Dilma Rousseff não sofrerá impeachment e que, após todo o processo, seu governo deve iniciar uma guinada em prol do desenvolvimento do País. Os parlamentares defendem um maior diálogo da gestão petista com o Congresso Nacional.
"Depois que passar todo esse processo, o ex-presidente Lula vira ministro da Casa Civil, porque depois da derrubada do impeachment não haverá motivo para ele não assumir, e vamos iniciar um novo período no Governo Dilma, com mais diálogo, inclusive, com a oposição", disse Elmano de Freitas, presidente municipal da sigla em Fortaleza.
O parlamentar esteve nos últimos dias em Brasília, acompanhando, dentre outras coisas, o andamento de negociação contra o impeachment da chefe do Poder Executivo nacional. "Precisamos fazer alguns pactos sobre determinados temas para superação da crise e realizarmos uma retomada da agenda política para o País, que não tenha corte e ajuste, mas com norte no crescimento e desenvolvimento para trazer crescimento e renda ao nosso povo", defendeu.
Elmano defende o afastamento do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. "Ele tem interesse de fazer pautas para se livrar dos processos que já existem contra ele. Após o processo de impeachment, teremos a cassação ou não do presidente da Câmara", projeta.
Comércio
Rachel Marques disse estar otimista na superação do processo de impeachment de Dilma, sugerindo ampliação do diálogo do Governo com os parlamentares após o processo. "Temos que realizar medidas importantes, como a ampliação do Minha Casa, Minha Vida, que vai gerar empregos e ativará o comércio e a indústria com a venda de material de construção", avalia.
Ela lembrou que o modelo implantado pelo ex-presidente Lula conseguiu superar a crise internacional de 2008, a partir de programas populares e de valorização do salário mínimo. "Espero que a oposição e aqueles que estão à frente dessa tentativa de golpe possam respeitar a democracia", relatou. Para a petista, o ex-presidente Lula na Casa Civil terá condições de dialogar, justificando que o modelo econômico implantado por ele foi vitorioso no enfrentamento da crise.