O vereador Leonelzinho Alencar (PTdoB), em pronunciamento, ontem, na Câmara, solicitou que os parlamentares da Casa intervenham junto ao Poder Executivo para atender às reivindicações dos agentes de saúde e endemias do Município. Um Projeto de Lei da Prefeitura, instituindo o Plano de Empregos, Carreiras e Salários (PECS), para a categoria foi apresentado no plenário, ontem, mas não foi votado, devido a falta de quórum.
Dos 21 parlamentares que deveriam estar presentes para votar a mensagem prefeitoral, apenas 17 compareceram. A pauta de ontem estava repleta de requerimentos dos vereadores que também não puderam ser votadas. A matéria poderá ser apreciada na sessão ordinária que acontece na terça-feira.
Na quarta-feira passada, os agentes comunitários de saúde e endemias realizaram manifestações em frente à Secretaria de Administração do Município (SAM), o que gerou transtornos no trânsito do local, uma vez que as vias próximas à Assembleia Legislativa foram interditadas. A categoria afirma que permanecerá paralisada por tempo indeterminado enquanto a Prefeitura não ceder às reivindicações.
Leonelzinho lembrou que os servidores estão pedindo um reajuste de 33% em seus salários, mas a Prefeitura está propondo apenas 4%. O parlamentar ressaltou que não iria discutir o mérito da reivindicação dos agentes, nem a proposta da Prefeitura, mas salientou ser necessário uma mediação da Câmara. Segundo ele, com a aproximação do período chuvoso, a cidade poderá ficar exposta ao risco de uma epidemia de dengue.
"Estamos à beira de um colapso. Só quem sabe o que é ter um parente acometido pela dengue sabe o que essa doença é capaz. Precisamos desses homens nas ruas, e por isso é importante que a Câmara negocie junto com a categoria e a Prefeitura", disse.
Novo Sistema
Os vereadores ainda não se acostumaram com o novo sistema de cronometragem dos pronunciamentos e o que se notou, ontem, foram seguidas reclamações devido ao cancelamento brusco das falas dos parlamentares, que, em sua maioria, pediam acréscimos em seus tempos durante pronunciamentos.
A presidência também demonstrou dificuldades no momento de colocar nomes de parlamentares e verificar o tempo de cada um. Acrísio Sena revelou que os projetos de lei da Casa, datados de 2000 até 2012, já foram totalmente digitalizados, a partir do novo sistema da Casa.