Natural da cidade Guaratinguetá, interior de São Paulo, o músico nasceu em 1916. Seu pai era funcionário público e tocava um violãozinho nas serestas da cidade. Dilermando se agarrou ao violão desde pequeno e nunca mais largou. Tocava tudo de ouvido. Aos 15 anos, já era reconhecido como grande violonista em Guaratinguetá. Suas composições preferidas eram as do Canhoto.

Aos 18 anos, no Rio de Janeiro, dava aulas em lojas de instrumentos musicais para sobreviver. No início da década de 1930, começou a acompanhar calouros na rádio Guanabara, trabalho esporádico e sem contrato. No intervalo de uma dessas apresentações, como costumava fazer, solava a valsa "Gotas de Lágrimas", de Mozart Bicalho, quando o radialista Renato Murce ouviu e gostou.

Levou o violonista à rádio Transmissora para um programa de solos de violão. Foi um sucesso. Como naquela época não era possível sobreviver apenas de solos de violão, continuou a acompanhar regionais, como os grandes violonistas da época, a exemplo de Garoto, Laurindo de Almeida e outros.

Na década de 1940, foi para a rádio Clube do Brasil, onde participou de orquestra de violões composta por dez violonistas. Em 1945, gravou dois álbuns musicais com composições suas: o choro “Recordando”, as valsas “Saudades de Um Dia”, “Minha Saudade” e a “Rapsódia Infantil”. O repertório de Dilermando também inclui as valsas “Noite de Estrelas”, “Súplica”, “Flor de Aguapé” e os choros “Dedilhando”, “Grajaú”, “Vê Se Te Agrada”, “Tempo de Criança” e “Doutor Sabe Tudo”.

Produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentado por Narcélio Limaverde, o Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h.
Da Redação/AT