A ideia do grupo é fazer um levantamento, com visitas e audiências, sobre a implantação do programa no Ceará Tema levado ao plenário diversas vezes pelos deputados estaduais durante o ano passado, a educação profissional no Ceará pouco integrou as pautas da comissão de educação da Assembleia. Neste ano, o assunto deve ser um dos focos de atuação do colegiado. Conforme a presidente Rachel Marques (PT), o grupo começa a se organizar para acompanhar de forma mais efetiva o funcionamento das escolas profissionais do Estado, com visitas in loco e audiências públicas. "O objetivo é ver como está se dando a implantação do programa, quais os problemas que estão sendo enfrentados. E também poder divulgar as experiências bem sucedidas, além de fazer um levantamento sobre a situação e uma proposição sobre a expansão do ensino profissionalizante", explica Rachel. Segundo a parlamentar, a comissão de educação pretende realizar audiências públicas para discutir e avaliar a implantação das escolas profissionalizantes de ensino médio, bem como a expansão nos municípios do Interior. "Consideramos que o Ceará tem uma experiência bem sucedida que pode inclusive contribuir com a política nacional", afirma a parlamentar. Rachel Marques lembra que o Plano Nacional de Educação em discussão no Congresso prevê maiores recursos pra educação, mais escolas de tempo integral e a expansão do ensino técnico profissionalizante. Nesse sentido, ela defende que é importante que os deputados conheçam a experiência positiva do Ceará para que possam contribuir com as políticas e estratégias para expansão técnica no Estado. "O motivo dessas visitas agora é porque já se chegou a um número grande de escolas e há relatos que são bem sucedidas, além de uma procura grande. Hoje já faltam vagas, e a gente precisa fazer esse acompanhamento para saber a real situação", justifica a deputada. Reclamações Ela diz que uma das demandas levadas pela população ao colegiado diz respeito a problemas sobre o quadro de professores nas escolas profissionais, cuja grande maioria atua em regime temporário. Além disso, Rachel afirma que ouviu reclamações relacionadas ao atraso no pagamento desses profissionais e à equiparação salarial de efetivos e temporários. "Nós precisamos tratar esse assunto para formalizar, através de concursos, esses profissionais que desempenham o seu papel nas escolas. É um projeto que veio para ficar, então é preciso que haja uma estabilidade e uma valorização desses profissionais", atenta a deputada. Sobre isso, a Seduc afirma que todos os professores recebem os salários em dia e justifica que, diante da carência de professores em algumas áreas ou mesmo em caso de licença de efetivos, contrata os temporários. No momento, estão abertas inscrições para a seleção de professores temporários, e o Governo deverá realizar um novo concurso, mas não informou a data. Na avaliação do deputado Antônio Carlos (PT), membro da comissão de educação da Assembleia, o programa das escolas profissionais é uma marca social da atual gestão. Segundo ele, o ensino profissionalizante é uma ação historicamente cobrada pela sociedade e, diante da consolidação do programa, é preciso que a comissão divulgue o que vem ocorrendo. "Não sei se houve alguma visita, mas fica a sugestão pra gente visitar e fazer audiência pública. É um papel importante o da comissão em divulgar e acompanhar esse projeto que está mudando a capacidade dos cearenses", defende o parlamentar. Conforme o petista, as escolas profissionais não tem sido uma pauta muito presente na comissão de educação. "É algo novo, que merece ser divulgado e também debatido porque está em fase de consolidação", analisa. Equipamentos 95 escolas profissionais estão em funcionamento no Ceará, segundo a Secretaria de Educação. A expectativa é de que, até 2014, esse número cresça para 130.