Landim informou que o seu motorista está recebendo três contas de telefone por mês, quando deveria ser apenas uma cobrança. E nenhum órgão de defesa do consumidor consegue mediar o problema. “Ele foi inclusive aconselhado a entrar com ação de indenização”, acentuou.
De acordo com o deputado, a Anatel só funciona para autuar rádios comunitárias. “Nada e nada é a mesma coisa. Elas (as operadoras de telefonia) fazem propagandas vendendo gato por lebre, povo empolgado e nada melhora. Já são nove milhões de telefones móveis. A decepção é grande com o Ministério Público, Decom, Procom. São pessoas simples reclamando das dificuldades, e as operadoras tendo bilhões de lucro”, disse.
Durante seu pronunciamento, o parlamentar traçou ainda um panorama da expansão da telefonia móvel no Estado, destacando que o serviço funciona “hoje como mais que um complemento para a velha telefonia fixa”. Segundo ele, no Ceará, os celulares já superaram o número de habitantes. “São 110 linhas habilitadas para cada grupo de 100 pessoas. São 9 milhões 750 linhas”, informou.
Lamentavelmente, destacou, junto com o número de celulares aumentou também o número de reclamações. São ligações interrompidas ou de má qualidade; mensagens de texto que não chegam ao destinatário (ou chegam depois de dias); internet fora do ar ou com velocidade abaixo da prometida pela operadora. E lembrou as inúmeras denúncias feitas da tribuna da Casa que não resultam em solução para o problema. “As empresas apenas prometem melhorar o serviço. Só prometem”, disse.
O parlamentar registrou ainda o descompasso entre o avanço da tecnologia dos novos aparelhos de telefonia móvel e a prestação de serviço pelas operadoras. “Os aparelhos hoje são verdadeiros portais de acesso à informação, e consolidaram-se como meios de comunicação capazes de influir no dia a dia das pessoas, no trabalho, nos estudos. Ocorre que, embora tenha sido disseminada uma cultura de concorrência entre as operadoras de sinais de voz e dados, o serviço continua ao mesmo tempo caro e ruim”.
Diante deste cenário, Welington Landim apontou como um dos principais desafios do setor de telefonia a ampliação ainda mais da gama de utilidades, obtendo um nível mais adequado na conexão, sem esquecer do futuro, que aponta, agora, para a tecnologia 4G.
JS/CP