“Numa obra de Michelângelo, a Pietá, por exemplo, aparece um travesti posando sentado, desconfigurando a pintura do artista”, observou. Conforme Fernando Hugo, na publicação há ainda uma simulação da Santa Ceia, de Leonardo da Vinci, com homossexuais sentados à mesa.
O deputado disse que encaminhará o material ao Ministério Público Estadual (MPE) para que o órgão “investigue o montante gasto pela Prefeitura nessa publicação”. Fernando Hugo salientou que também encaminhará a publicação para setores da Igreja Católica, “já que o calendário afronta obras consideradas cristãs”. Ele frisou não ser contra gays, lésbicas, homossexuais ou travestis. “Sou contra a Prefeitura gastar dinheiro com este material, que é improdutivo, irresponsável e insano”, salientou.
Fernando Hugo lembrou que já havia denunciado a revista Farol, editada pela Prefeitura, que trazia fotos eróticas e deveria ser distribuída nas escolas do município. “Após a denúncia, a revista saiu de circulação”, comentou. Lembrou ainda que a Prefeitura lançou uma cartilha com “as descobertas de Alice e Ana Cláudia”, também para ser distribuída nas escolas. “Ela induzia, tonificava e estimulava a liberdade sexual”, pontuou.
Em aparte, o deputado João Jaime (PSDB) disse temer que o calendário “fosse distribuído nas escolas”. Para ele, a publicação é uma ofensa direta à Igreja Católica. “Essas manifestações poderiam ser feitas sem o uso de símbolos cristãos”, afirmou.
O deputado Roberto Mesquita (PV) disse que “a opção sexual de qualquer pessoa é livre”. Contudo, pontuou que o calendário “é uma forma de chacota a obras primas”. Para o deputado Perboyre Diógenes (PMDB), a Prefeitura não deveria “ter utilizado o dinheiro público para patrocinar divergências do mundo gay em relação à Igreja Católica”.
EU/AT