A delegada Ana Cristina disse que, ao assumir a delegacia, ficou surpresa com o tráfico de drogas, os casos de homicídios e roubos. “A grande dificuldade para combater a criminalidade é por falta de pessoal, mas temos contado com o apoio da Polícia Militar”, afirmou.

Ainda sobre a questão da segurança, o tenente Renan Luna Belarmino, subcomandante do Núcleo de Policiamento Comunitário do bairro, confirmou as informação da delegada sobre a carência de pessoal e ressaltou a importância do apoio da comunidade. “Polícia comunitária só se faz se existir um relacionamento de confiança entre a polícia e a comunidade”, pontuou. Ele pediu que a população fizesse os boletins de ocorrência, para que esses dados sejam colocados na estatística e, com isso, sejam identificados os locais onde há criminalidade.

Lana Araújo, coordenadora de projetos especiais da Secretaria das Cidades, disse que encaminhará a demanda dos moradores para reabertura do Centro Social Urbano (CSU).               

Sandra Bastos Mesquita, coordenadora do Centro de Inclusão Tecnológica e Social (CITS), responsável pela qualificação de jovens e adultos, destacou que, nos cinco anos de existência do projeto, já foram qualificados mais de dois mil jovens e adultos no bairro e que a intenção é formar parcerias para que sejam ofertados mais cursos.                                                                 

Já a líder comunitária Socorro das Silva Santos ressaltou que o José Walter precisa de maior atenção das autoridades, porque foi “engolido” pelo Pantanal, Cidade Jardim e comunidades da Curva da Viúva, e que não houve uma preparação para esse crescimento. “Foi a comunidade que conseguiu a delegacia modelo para o bairro, e depois tiraram sem qualquer comunicação”, desabafou. Ela pediu a reativação dos conselhos comunitários e que o Corpo de Bombeiros retome o Programa Jovem Bombeiro Voluntário (JBV). Segundo ela, a primeira turma do programa foi exemplar. Os alunos que saíram de lá hoje têm uma profissão, são casados e se tornaram cidadãos.   

Também participaram da audiência, que marcou os 45 anos de criação do bairro José Walter, os deputados Robério Monteiro (Pros), presidente da Comissão de Defesa Social; o deputado Tomaz Holanda (PPS); Bruno Marcelo Silva, tenente do Corpo de Bombeiros; Márcio Alves, tenente da Polícia Militar, representando o comandante do 6º Batalhão da PM; Meiriane Libório, coordenadora de Proteção Básica e Segurança Alimentar da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), além de moradores e representantes da comunidade do José Walter. A prefeitura de Fortaleza não enviou representantes para o evento.

WR/CG