A uma semana de completar 70 anos de idade e cair na compulsória, o conselheiro Pedro Timbó fez discurso de despedida durante a sessão do pleno de ontem, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a última que participou como membro da Corte. Com a saída dele, abrirá uma vaga de conselheiro do Tribunal, cuja indicação deverá ser feita pela Assembleia Legislativa.
Bastante emocionado, Pedro Timbó agradeceu a todos os conselheiros, representantes do Ministério Público de Contas, assessores e funcionários do TCE pelo apoio durante os oito anos em que esteve como membro do pleno. Em especial, agradeceu ao atual presidente da Corte, conselheiro Valdomiro Távora, pela menção durante o discurso feito na posse oficial realizada no final de janeiro último.
"Saio do Tribunal cumprindo o que a Bíblia diz: tudo na vida tem o tempo de entrar, de plantar, de colher e de sair", afirmou, sendo aplaudido ao fim do discurso por todos que estavam presentes à sessão. Por sugestão do conselheiro Alexandre Figueiredo, decano da Corte, Pedro Timbó foi eleito "conselheiro emérito" do Tribunal de Contas do Estado.
Assim como os outros conselheiros que falaram, o presidente do TCE, Valdomiro Távora, destacou a sabedoria e tranquilidade como características da personalidade e da forma de trabalhar de Timbó. "Vai deixar muitas saudades", disse, lembrando que conhece Timbó desde a época em que eram deputados estaduais, há mais de 10 anos.
O vice-presidente da Corte, conselheiro Ebilberto Pontes, por sua vez, disse que a aposentadoria de Pedro Timbó reflete o quão ultrapassada está a legislação brasileira que rege o sistema de aposentadoria. "O doutor Pedro é uma águia, mas pela legislação ultrapassada é obrigado a se aposentar, mesmo estando apto a continuar trabalhando", disse.
O corregedor do TCE, conselheiro Rholden de Queiroz, também elogiou o trabalho de Pedro Timbó, lembrando que uma de suas principais realizações foi ter providenciado concurso público para servidores da Corte quando era presidente, após 20 anos sem ter ali um concurso.