Propostas sem futuro
A Assembleia Legislativa assumiu um compromisso na retomada das rotinas de plenário: o de não deixar o ano eleitoral atrapalhar as atividades ordinárias dos deputados. Ou seja, o de fazer fluírem os trabalhos sem prejuízo para os interesses da sociedade, apesar do clima de caça aos votos. É legítimo, então, que se apresente aos parlamentares a sugestão de deixar de lado projetos e demais matérias sem urgência ou, mais ainda, sem sentido. Como, no primeiro caso, aqueles que concedem títulos de cidadania, denominação de prédios públicos e outras homenagens que podem esperar. E, no segundo, os que criam datas comemorativas ou propõem sessões solenes. A busca, a rigor, deve ser pela objetividade e pela praticidade.
A propósito, tramita na Assembleia projeto que cria o "Dia do Colunista". Isso mesmo, uma proposta para saudar os jornalistas que escrevem colunas na Imprensa do Ceará. Resta saber se os homenageados e a sociedade precisam ou querem isso. A data - 17 de novembro - faz referência ao nascimento da escritora Rachel de Queiroz (foto).
"O ritmo será outro na Casa. Não por causa dos parlamentares ou porque a Mesa Diretora não queira, mas pelo próprio calendário do ano"
Deputado Antonio Carlos (PT) Admitindo um problema que tem como antídoto o desapego de inutilidades
Experiência é tudo
O presidente da Câmara de Fortaleza, Walter Cavalcante (PMDB), firmou como meta para 2014 a de instituir um escritório de direitos humanos na Casa. Ideia boa. E Walter pode até tentar buscar a consultoria do prefeito no projeto. Quando presidia a Assembleia, Roberto Cláudio (Pros) teve de ser firme para impedir o aparelhamento do escritório Frei Tito por grupos com interesses políticos. Tem o que ensinar, portanto.