O deputado Professor Teodoro foi à tribuna da Assembleia se posicionar contra os movimentos que defendem a legalização do aborto
Foto: JOSE LEOMAR
O deputado Professor Teodoro (PSD), em pronunciamento na Assembleia, ontem, afirmou que apoia o movimento Marcha pela Vida, realizado no domingo passado em Fortaleza e criticou os movimentos contrários que são favoráveis à prática do aborto, que ainda é ilegal no Brasil. Segundo disse, a defesa da vida como bem absoluto é uma questão de ética e transcende qualquer conceito religioso.
O deputado lembrou que existe outro movimento no Congresso Nacional que flexibiliza a atual legislação para facilitar a prática do aborto, ampliando as exceções previstas, o que não conta com sua aprovação, conforme informou.
Ele fez um breve histórico sobre os casos de aborto na história da humanidade e disse que as mulheres, na maior parte das vezes se sentem obrigadas por seus maridos ou companheiros a fazerem o aborto, o que reflete atitudes submissas que remontam ao passado.
A iniciativa do Movimento em Favor da Vida (Movida) e do Comitê Cearense da Cidadania pela Vida - Brasil sem aborto foi amplamente defendida por Teodoro, que discorreu ainda sobre o assunto da marcha, que foi o estatuto do nascituro, projeto esse que tramita na Câmara Federal há mais de cinco anos. De acordo com ele, a ideia da proposta é garantir o direito à vida do feto desde a sua concepção.
Religiosidade
"Embora eu me paute por questões espirituais e religiosas, o combate ao aborto é uma questão que transcende a religiosidade. A defesa da vida, como bem absoluto, é uma questão primeira da ética. A sociedade que permite o homicídio, mesmo ainda dentro do ventre materno, não tem sustentabilidade". Segundo ele, o direito à vida é inalienável e o aborto vai de encontro com o primeiro artigo da Declaração dos Direitos Humanos, que diz que todas as pessoas nascem livres em dignidade e direitos. "Com o aborto, a pessoa não tem sequer o direito de nascer".