Ela se disse preocupada com o sub financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), e questionou de onde virá o dinheiro a ser aplicado na melhoria da saúde pública no Brasil, da União, do Estado ou do Município? Mirian destacou projeto de sua autoria, que cria o Maio Verde, instituindo o mês de maio como mês destinado ao tratamento do câncer em mulheres.

O presidente da Sociedade Cearense de Cancerologia e do Grupo de Educação e Estudos Oncológicos (Geeon), Luiz Gonzaga Porto – que veio representando a Secretaria da Saúde do Estado e o Conselho Regional de Medicina (Cremec) – apresentou dados a cerca da prevenção do câncer. Sobre o câncer de mama (um dos que mais atinge as mulheres) ele informou que em 2007, no Ceará, foram realizadas oito mil mamografias; em 2008, 80 mil; em 2012, 110 mil; embora seja possível se fazer 320 mil exames por ano.

Luiz Gonzaga explicou que um dos entraves é a falta de conhecimento da população sobre a doença. “A previsão é de que em 2013, 1.300 novos casos sejam diagnosticados”. Para ele, uma forma de ampliar o trabalho de prevenção é a participação dos agentes de saúde, e também o diagnóstico precoce, por meio de atendimento especializado nas policlínicas 

Já a coordenadora do curso de Medicina da Unifor, Paola Francinetti, salientou que o aumento dos casos de câncer se deve também as alterações alimentares e a longevidade. Ela defendeu a capacitação dos profissionais que atuam com esses pacientes e a criação de uma rede de interação entre a Capital e o Interior.

Participaram do debate os coordenadores dos cursos de Medicina da Uece e da Faculdade Christus, Moacyr Cymrot e Antônio Ricardo Silva Filho, respectivamente; o promotor de Justiça de Defesa da Saúde Pública, Tadeu Uchoa Filho; o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Fortaleza, Edmilson Moreira da Silva; dentre outros.
LF