Durante os discursos de Capitão Wagner e Evandro Leitão, parlamentares se manifestaram para ressaltar o que os colegas proferiam na tribuna. Para validar a crítica da oposição, o deputado Carlos Matos (PSDB) relatou que esteve recentemente na cidade de Medellín, na Colômbia, que já foi uma das cidades mais violentas da América Latina e que hoje serve como uma referência de projeto de segurança pública.
“É uma prova e um excelente exemplo para Fortaleza e para o Ceará de que quando há um trabalho unificado entre governos e sociedade, e vontade política, pode se reverter um quadro grave de insegurança”, pontuou o tucano.
O deputado Roberto Mesquita (Pros) lamentou que a sociedade cearense esteja “doente” e com medo. “A hegemonia e a força política que perduram no Ceará nos últimos governos causou essa doença da violência no Estado, e a sociedade acha que tudo está no caminho certo, pois a verdade é encoberta por este poder dominante”, assinalou.
Já o deputado Odilon Aguiar (PSD) cobrou altivez e coragem do governador Camilo Santana no combate à violência. “Os liderados sempre se espelham na figura do líder, mas o nosso governante é frouxo e não tem a coragem necessária para tratar do assunto”, criticou.
Na base do governo, o deputado Julinho (PPS) afirmou não ser novidade relacionarem a redução de crimes com outros fatores, como acordo com facções ou com as chuvas. “Isso é esquecer que aqueles homens e mulheres saem de casa sem saber se voltam. Façam uma oposição propositiva e aprendam a reconhecer quando o resultado for positivo”, frisou.
O deputado Sérgio Aguiar (PDT) lembrou que diariamente são noticiados ações violentas em todo o Brasil, muitas que não são possíveis de prever. “A vida da população não pode ser simplificada em números, mas cada progresso que obtivermos nesse luta é valioso”, colocou. Para a deputada Rachel Marques (PT), cada vida poupada pelo trabalho da Polícia deve ser vista como uma conquista.
Na mesma linha, o deputado João Jaime (DEM) avaliou que os resultados estão mostrando que há um grande esforço do Governo, mas que enquanto não houver ataques às facções criminosas, a situação não se resolverá por completo. “Precisamos que o Governo Federal apoie os estados com mais inteligência e policiais, pois só com uma grande organização conseguiremos vencer as facções”, refletiu.