O deputado Dr. Santana (PT) defendeu, ontem, a criação de novas políticas sociais públicas, como forma de combater a violência. De acordo com o parlamentar, o atual modelo de Estado, concentrador de recursos e de poder para manter o controle político e econômico, tem causado somente maior concentração de renda. Com isso, é formado um exército de desempregados no País, que é recrutado pelo narcotráfico.
“O Estado brasileiro tem sido fomentador para os mais ricos, com políticas que estão empobrecendo os trabalhadores. Hoje, vê aumentar contingente de trabalhadores ganhando menos que um salário mínimo e a destruição das leis trabalhistas, com os acordos valendo mais do que a legislação, configurando em subtração de direitos”, avalia.
De acordo com ele, o Governo Federal, para assegurar a liberação de recursos para atender emendas parlamentares tem reduzido os repasses constitucionais, como o Fundo de Participação dos Estados. “O Ceará recebeu abaixo do esperado, como explicou na Assembleia o secretário da Fazenda Mauro Filho”, citou em referência a apresentação feita na última quarta-feira.
Por conta das dificuldades, o deputado observou que o governador Camilo Santana é obrigado a ir constantemente a Brasília, atrás de recursos. “É preciso garantir a continuidade das obras para o Cinturão das Águas, com transposição do rio São Francisco, que dará segurança hídrica ao Estado”, acrescentou.
Na área de segurança, Dr. Santana pontuou que o Governo do Estado está pleiteando a implantação do Centro de Inteligência da Polícia Federal, no Ceará, para o combate ao crime organizado. “O governador Camilo cobrou política de segurança pública. Brasília reconheceu que faltava e ofereceu como única saída o uso do Exército e da força”, afirmou.
Ao mesmo tempo, esclareceu Dr. Santana, foram esquecidos programas sociais, garantia de renda mínima e ampliado o número de desempregados. “No Ceará, está sendo feito grande esforço para treinar e capacitar a PM. Foram contratados milhares de novos policiais. No total, cinco mil novos policiais foram contratados ao longo do Governo”, assinalou.