Em meio ao debate, o deputado Joaquim Noronha (PRP) frisou que o setor da segurança pública é o mais difícil de administrar, por ser o único que tem um agente contrário. “Existem tentativas de fragilizar o governador, mas asseguro que não existe, hoje um homem mais preocupado com a segurança do Estado do que Camilo Santana”, afirmou.
Já a deputada Dra. Silvana (MDB) se posicionou contra a instalação da CPI do Narcotráfico. “Camilo Santana está levando a sério a segurança pública do Estado, e devemos buscar ações de forma lúcida”, disse.
O deputado Walter Cavalcante (PP), por sua vez, enfatizou a necessidade de os parlamentares oferecerem sugestões que possam ajudar o Governo nessa área. “As críticas vazias não ajudam”, assinalou.
Também da base governistas, o deputado Julinho (PDT) registrou a ausência do deputado Capitão Wagner (PR) durante o pronunciamento do deputado Evandro Leitão. “Ouvimos as críticas do Capitão, mas ele não está presente para ouvir o contraponto, os investimentos do Governo e nem a melhoria nos índices de violência do Carnaval”, lamentou o parlamentar que também defendeu que a Assembleia Legislativa não se omite nas discussões sobre segurança pública.
Ele assegurou que, pelo contrário, a Casa trata as matérias do Governo e da segurança pública como prioridade e citou, como exemplo, a matéria sobre a implantação de bloqueadores de sinal de telefonia celular pelas operadoras nos presídios cearenses. “Fomos o primeiro estado brasileiro a aprovar uma lei do gênero”, ressaltou.
Angústia
Reforçando as críticas, o deputado Ely Aguiar (PSDC) definiu como “angústia” a situação em que se encontra a segurança pública. O parlamentar criticou a “apatia dos governantes” e cobrou “alternativas” para reverter a crise na área. “Do início do ano até agora, já são 708 homicídios, batendo recorde em relação ao mesmo período do ano passado”, pontuou. Somente no período carnavalesco deste ano, foram 67 homicídios.
O parlamentar relatou a invasão dos bandidos à residência de um coronel da Polícia Militar do Ceará. “Ele foi tomado como refém dentro da própria casa. Fizeram uma verdadeira limpeza. Levaram, inclusive, a espada, que é um símbolo da Polícia Militar no Estado do Ceará. E o coronel ficou amarrado e amordaçado numa cadeira”, relatou.
Ely Aguiar citou ainda o caso do músico cearense Waldonys, assaltado no começo da tarde de quarta-feira (14), no Porto das Dunas, um dos locais, segundo ele, mais sofisticados do Estado. “Aqui não é uma crítica ao governador Camilo Santana. É um relato do que estamos presenciando”, disse, reconhecendo, no entanto, os investimentos feitos na área.