Enquanto eleitores de Roberto Cláudio (PDT) e Capitão Wagner (PR) disputavam os votos para permanecer ou conquistar o Paço Municipal, militantes de outra corrente ideológica aproveitavam o dia de eleição para tentar construir outro ideal político.
Michel Gomes, 30, e mais dois amigos colhiam assinaturas para fundar o partido da Unidade Popular Pelo Socialismo (UP). Professor de educação física da rede pública de ensino, Gomes justificava a legalização do UP como forma de os “trabalhadores voltarem a ter uma alternativa na política brasileira”.
Para o educador físico, a chegada da esquerda ao poder (com o Partido dos Trabalhadores) acabou “mostrando que a aliança com empresários havia sido um fracasso para o povo”.
A nova luta, prospecta Gomes, é angariar 500 mil assinaturas. De 1º de outubro último pra cá, colheram 45 mil. “A expectativa é que encerremos o 2º turno com 55 mil em todo o Brasil. Além do Ceará, estamos no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia, Piauí e Alagoas”, projetava Michel.
Os militantes do UP, no primeiro turno, votaram em João Alfredo (Psol) para prefeito de Fortaleza. Ontem, anularam o voto. (Demitri Túlio)