Para o parlamentar, é importante que se compreenda que o que acontece hoje é fruto de equívocos cometidos em mais de três décadas na área de segurança pública e da falta de debate sobre a desmilitarização da Polícia.
“Isso não exime nem diminui a responsabilidade dos atuais gestores, e nos obriga a pensar que a superação desse momento só se dará com uma ampla reforma estrutural da política de segurança pública”, afirmou.
Renato Roseno lembrou que em situações de abuso protagonizado pelos policiais, como a participação em chacinas, denúncias de extorsão, entre outros, o recurso da anistia foi usado de forma irresponsável, de forma a “empoderar uma visão autoritária por parte da polícia que, agora, se volta contra o Governo”.
O deputado pontuou algumas pautas dos militares que, conforme observou, devem ser consideradas ao se pensar em uma reestruturação das políticas de segurança. Entre as quais, uma melhor formação, carreira bem estruturada, saúde mental, condições de trabalho, e a valorização da integridade da corporação.
O parlamentar considerou o papel da Assembleia Legislativa nesse momento, “onde todos os estados se voltam para o Ceará, com governadores querendo tomar medidas semelhantes às que serão tomadas aqui hoje”. O Parlamento, conforme observou, deve se posicionar de maneira rigorosa, altiva e responsável.
PE/AT