Conforme explicou o parlamentar, não há justificativa para a privatização do Serpro e Dataprev, uma vez que as duas são superavitárias. “Em 2018 o Serpro lucrou R$ 450 milhões, enquanto a Dataprev R$ 150 milhões. Estamos falando de duas empresas superavitárias, com produtividade e rentabilidade superior a média privada. Então porque privatizar?”, questionou.
Acrísio Sena afirmou ainda que as empresas nunca dependeram de recursos do Governo Federal e que não há, no Brasil, empresas privadas no mercado de tecnologia superiores. “São 50 anos trabalhando a tecnologia do conhecimento e a segurança de dados, sendo o Serpro a empresa n° 1 em vendas do mercado digital e a quinta maior em tecnologia da informação da America Latina”, enalteceu.
O deputado também fez referência ao posicionamento do deputado Fernando Hugo (PP) em relação à causa de feminicídios no Brasil, quando o mesmo atribuiu a relação de alguns casos à vestimenta das vítimas. “O deputado Fernando Hugo declarou o que considero equivocado do ponto de vista moral. Os argumentos usados por ele não condizem com a realidade e muito menos têm relação com ser partido A ou B”, salientou.
Em aparte, o deputado Elmano Freitas (PT) criticou a privatização das empresas Serpro e Dataprev. “Não entendo como pessoas das forças armadas integram um governo que é antipatriota e mais, que quer entregar os dados do nosso povo. Vamos lutar contra essas privatizações que vão contra os interesses do nosso País”, declarou.
Já a deputada Augusta Brito (PCdoB) informou que, durante a discussão do feminicídio, não citou nome de nenhum deputado ou foi agressiva em suas palavras, apenas falou o que considera. “Acho que a pessoa tem o direito de vestir o que quiser e ser o que quiser, é questão de respeito. Não é questão de cultura ou partido político. Quem sou eu pra dizer o que é errado ou certo? Defendo o respeito às pessoas e as suas decisões. A mulher que é estuprada, violentada ou agredida em qualquer ambiente, não tem culpa”, reforçou.
Para o deputado Carlos Felipe (PCdoB) justificar posicionamentos de deputados somente por base no partido político a qual pertence é inconsequente. “A deputada Augusta não diz que a mulher pode se vestir como quiser por ser comunista, mas por ser mulher e tem esse direito de usar o que gosta. Sejamos mais coerentes e saibamos que o feminicídio tem ligação com a cultura do ódio, não com a roupa que se veste. Jamais poderemos atribuir à vítima essa responsabilidade”, alertou.
O deputado Fernando Hugo (PP) disse que só relacionou o comportamento histórico de socialistas e comunistas, mas que não quis ofender a colega deputada. “O que concordo é que é um desastre se violentar, matar e estuprar mulheres”, ponderou.
LA/AT