O parlamentar citou ações do presidente que desrespeitaram os princípios básicos da democracia e da Constituição. “Sempre fui crítico dos excessos e irregularidades da operação Lava Jato, mas nunca houve uma intervenção como a que está acontecendo na Polícia Federal para livrar a pele do filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). E o pior, o ministro Sérgio Moro é desmoralizado publicamente e continua calado”, assinalou.
Renato Roseno classificou como “dança das cadeiras” as movimentações de cargos na Polícia Federal para que as investigações não prossigam. “Os poderes estão sendo manipulados para proteger (Fabrício) Queiroz e Flávio Bolsonaro. Na Receita Federal, se troca o secretário com a mesma intenção. E para completar, indica um dos filhos para embaixada americana, quando este é totalmente alheio à carreira diplomática. Mas segue afirmando que não se trata de nepotismo”, disse.
O deputado mencionou ainda o pedido de demissão do secretário Nacional de Cultura, Henrique Pires, como mais um exemplo de intervenção do presidente. “O próprio secretário pediu demissão porque se recusa a concordar com a censura imposta pelo presidente à filmes com temática LGBTQ. Para completar, nomeia como reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC) o candidato que teve menos votos na consulta da comunidade universitária, tratando esses órgãos como se dele fosse. Não podemos nos calar. E quem não defender a democracia, agora, lá na frente será cobrado por ter silenciado e não lutado contra o que vem acontecendo”, alertou.
Em aparte, o deputado Tony Brito (Pros) defendeu o respeito aos princípios democráticos e constitucionais. “Não podemos concordar com este tipo de intervenção”, opinou.
LA/AT