Para o parlamentar, o que vai mudar os índices de violência do País não é a legalização do uso de armas de fogo, mas investimento em educação. “Mas estamos falando de um governo que corta recursos para a educação e libera armas de fogo, é um contra-senso”, disse.
Acrísio Sena afirmou ainda que com o decreto de Bolsonaro, 250 mil armas passam a circular livremente pelo País, disponíveis para comercialização, e que só quem se beneficia com a medida é a indústria armamentista. O deputado observou que as ações da Taurus, companhia brasileira voltada para o comércio de armas, cresceram 20% no mercado de ações desde ontem.
O deputado considerou, entretanto, que o Ceará caminha na direção oposta a esse debate sobre legalização do uso de armas, que considera “contaminado por preconceito e sectarismo”. O Estado, segundo ele, apreendeu 1.019 armas de fogo durante o primeiro bimestre de 2019, além de apresentar uma contínua redução dos índices de homicídios dolosos.
“O remédio contra a violência está na educação e o Ceará está conseguindo provar isso”, afirmou. O deputado elogiou a política de educação do governo Camilo Santana e comemorou os resultados.
“Além da redução dos índices de violência, temos 87 das 100 melhores escolas públicas do País em nosso estado, o Ceará aposta na valorização dos profissionais, e em manter o aluno na escola, por meio das escolas de tempo integral”, apontou.
Acrísio Sena ressaltou que os cortes nos recursos da Educação, que já começaram a acontecer, irão deixar as universidades e toda a pesquisa realizada inviáveis. Ele convidou a todos para a greve geral da educação, que acontecerá no dia 15 de maio. “Será o momento ideal para nos insurgirmos contra o desmonte da educação do Brasil”, disse.
Em aparte, o deputado Vítor Valim (Pros) disse que o problema da violência não está nas armas legalizadas, mas na falta de fiscalização nas fronteiras do País, por onde passam drogas e armas. “Quando focarmos no combate ao tráfico de drogas, teremos a redução da violência”, acrescentou. O parlamentar afirmou que não é a favor do porte de armas, “mas entende que cada cidadão deve ter direito a possuir a sua para se defender”.
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