Para o parlamentar, a proposição traz riscos iminentes a todos os cearenses. “A discordância desse projeto já conta com o apoio de diversos movimentos, inclusive do Instituto Maria da Penha, que busca defender as mulheres cearenses e que se mostra totalmente contrário à proposta, por entender que ela vai ter impactos na violência doméstica contra a mulher”, apontou.
O deputado salientou que a cidade de Fortaleza conta com uma lei municipal que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em um raio de 100 metros dos estádios de futebol, um exemplo que deve ser estimulado.
“Tão logo esse projeto seja votado aqui na Casa, e esperando contar com a consciência dos colegas parlamentares sobre os malefícios que ele causa para poder rejeitá-lo, vou apresentar um projeto para não apenas vedar o consumo de bebida, mas proibir sua comercialização em um raio de 500 metros”, comunicou Marcos Sobreira.
Segundo ele, é importante acabar com o consumo de bebida nos entornos das praças esportivas. “E não estamos criminalizando o futebol, como alguns dizem, pois pretendemos acabar com essa prática em todos os equipamentos públicos, estádios e arenas esportivas. O objetivo é que todo torcedor que busque beber, alcoolizar-se e procurar a desordem e a baderna fique bem longe desses espaços”, defendeu.
O parlamentar apresentou a situação sobre a comercialização e o consumo de bebidas em outros estados, enfatizando que onde está proibida essa prática os registros de violência em arenas esportivas é bem reduzido.
“Aqui mesmo, nos dois últimos confrontos entre Ceará e Fortaleza, não tivemos nenhum registro de violência. E esse projeto quer mexer em algo que está dando certo, e não é permitido mexer em time que está ganhando”, pontuou Marcos Sobreira.
Em aparte, o deputado Walter Cavalcante (MDB) manifestou apoio ao colega. “Tenho o pensamento firme de que a bebida faz mal à saúde e potencializa a agressão e a confusão, trazendo reflexos negativos muito grandes”, opinou.
RG/AT