O parlamentar comparou o percentual da inflação com os acréscimos promovidos pela Cagece de 2013 a 2017 e mostrou que os reajustes da empresa ultrapassam os números da inflação em até 100%.
Em 2014, a inflação foi de 6,4%, enquanto o reajuste da Cagece foi de 7,30% e o reajuste do salário proposto pelo Governo do Estado aos servidores foi de 6,4%. Em 2015, a inflação estava a 10,7%, acompanhando um aumento de 12,5% na conta de água e nenhum reajuste no salário do trabalhador.
Em 2016, os percentuais foram 6,5% de inflação, 12% de reajuste para a água e 2% de reajuste nos salários. Em 2017, a inflação chegou a 2,9%, o reajuste da água alcançou 17% e o salário do trabalhador teve o acréscimo de 2%. “Em 2017, foi um aumento de quase 500% no valor da água em relação ao aumento no salário”, apontou.
Heitor Férrer informou que, para 2019, o aumento previsto na conta de água é de 15,86%. Para ele, esse tipo de situação põe em cheque o papel do parlamentar como representante da população. “Não vejo os representantes representarem bem os representados. Esses reajustes absurdos não são promovidos só pela Cagece, mas pelos planos de saúde, pela empresa de energia elétrica e todos os serviços indispensáveis ao povo”, disse.
Ele afirmou que o parlamentar é um protetor da população e que essa proteção tem perdido a consistência. “É por esse tipo de situação que aumenta o descrédito em relação à classe política, algo que respinga em todos nós”, afirmou.
O deputado Walter Cavalcante (MDB) considerou que não sente essa “rejeição” por parte da população. “Só voltamos para esta Casa porque temos a confiança da população".
O deputado Osmar Baquit (PDT) ressaltou que a Cagece é uma empresa tradicional e que os motivos dos acréscimos merecem ser averiguados. O deputado Julinho (PPS) informou que a Companhia ainda está avaliando o reajuste que será lançado este ano.
PE/RM