“Indubitavelmente é a violência que reina no Brasil, fazendo com que, na historiografia dos 519 anos deste País, nunca tenha se assistido a uma 'antipaz' social tão grande”, justificou, considerando “estarrecedor” o controle das milícias em 34 municípios do Rio de Janeiro.
A ideia defendida pelo deputado está contemplada no pacote de medidas anticrime apresentado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. “É um pouco o que cada cidadão de bem queria no Brasil”, afirmou, deixando claro que não quer induzir o tiroteio, mas proteger o cidadão.
O deputado explicou que o porte de arma não vai qualificar todo cidadão. “Faz-se com critérios rigorosos e certidão para poder andar armado. As propostas são sérias e não conferem direito de andar para cima e para baixo armado, mas sim proteger o domicílio”, esclareceu.
Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PP) parabenizou o pronunciamento, afirmando que o assunto é um dos mais preocupantes do País. No entanto, o parlamentar avalia que o Governo do Estado vem sabendo enfrentar a problemática. “O Governo, durante o primeiro mandato de quatro anos, tem feito grande esforço de qualificar, aparelhar, ampliar o efetivo e garantir melhorias de trabalho. Agora, vem fazendo enfrentamento do crime organizado com muita coragem e apoio unânime de toda a sociedade cearense.”
O deputado Vitor Valim (Pros) destacou que o Estatuto do Desarmamento só contribuiu para o aumento dos índices de criminalidade, sobretudo no Ceará. “No Estado, há 12 anos, tínhamos dois homicídios ao ano. Terminamos o ano passado com 4,6 mil assassinatos. Não adianta ter o Estatuto do Desarmamento ou não ter, que eles vão continuar andando armados. A gente tem que dar o direito de o cidadão se defender”, avaliou.
LS/AT