Esta quinta-feira, dois de fevereiro, marca o final do recesso parlamentar e o início de novos períodos legislativos, com a volta ao trabalho de deputados estaduais e vereadores de todo o País. Em Brasília, deputados federais e senadores também retornam ao trabalho, depois de quatro e cinco dias de interrupção.Na Assembleia Legislativa do Ceará, como de praxe, a abertura do ano contará com a apresentação da mensagem do governador Cid Gomes (PSB), que na ocasião será representado por seu secretário de Planejamento e Gestão, Eduardo Diogo. A mensagem deve tratar das ações realizadas no ano passado pela administração estadual, bem como expor um resumo dos principais projetos que serão tocados ao longo deste ano, entre eles, as obras para a Copa do Mundo de futebol em 2014. Após a leitura, o presidente da Assembleia, Roberto Cláudio (PSB), deverá se pronunciar sobre a mensagem e retribuir a visita indo até o Palácio da Abolição ao término da sessão. Pronunciamentos em plenário e a possível discussão de matérias para votação, só na sessão de amanhã. A Câmara Municipal de Fortaleza, no entanto, já funciona normalmente hoje, com o debate de propostas da Prefeitura e pronunciamentos de vereadores, que certamente se ocuparão das greves desencadeadas em setores do funcionalismo municipal. Para os cidadãos que veem na profissão política pouco mais do que uma brincadeira bem remunerada, há o agravante de que este é um ano eleitoral. A classe política de todo o Brasil está desde já especialmente dedicada não aos problemas que mais afligem os seus governados e as soluções possíveis, mas ao pleito do próximo outubro, quando serão escolhidos prefeitos e vereadores, disputa que fatalmente acabará monopolizando as discussões nos plenários e a atenção dos seus integrantes. Convém à população fiscalizar a atuação de vereadores e deputados e cobrar deles que cumpram as agendas regulares de suas Casas, comparecendo às sessões (uma carga de trabalho semanal, aliás, que ninguém julgará exigente) e portando-se sobretudo como parlamentares, e não apenas como cabos eleitorais.