Carlomano Marques explicou que tentou convencer a prefeita de que a obra seria benéfica para Fortaleza. Segundo ele, foram marcadas oito audiências e somente na última Luizianne Lins o recebeu e, mesmo assim, não conseguiu convencê-la. Conforme explicou, em vez de permitir a construção do estaleiro, prometeu a duplicação da fábrica Guararapes e mil empregos seriam preenchidos por pessoas do Serviluz, como compensação.
Na oportunidade, ele frisou que seria inviável para as pessoas que moram no Serviluz trabalhar do outro lado da cidade. “A prefeita respondeu que daria transporte gratuito. Ponderei que isso seria impossível porque os fortalezenses deveriam ser todos tratados de forma igual, não podendo haver privilégios para determinado segmento da população”.
Agora, segundo ele, estão sendo prometidos os oito mil empregos no empreendimento Riomar Shopping. Seria uma compensação para o estaleiro que não veio. “É muita cara de pau, muito embuste. O mais daninho é que tem pessoas ligadas à administração de Fortaleza preenchendo as fichas, com nome e endereço de quem quer trabalhar em um shopping que não existe. E essas pessoas estão dizendo que eu sou contra esse empreendimento, o que é uma grande mentira”.
Carlomano acentuou que o Iguatemi tem 400 lojas e, para dar oito mil empregos, cada loja teria de ter 20 funcionários, em média, o que não corresponde à realidade. Afirmou ainda que o Castelão, obra de R$ 518 milhões, em seu pico de trabalho empregou 1.300 pessoas; e o Centro de Eventos, custando R$ 400 milhões, empregou em seu pico 900 pessoas, numa área de 174 mil metros quadrados. Desta forma, esse novo shopping, na concepção de Carlomano Marques, não irá empregar tanta gente como vem sendo anunciado.
“Ela está prometendo ruas, passeios, praças. Se me trouxerem os projetos viabilizados técnica e economicamente, eu nunca mais subo essa tribuna. Onde está o projeto Aldeia da Praia, prometido há 3 anos? Do Meireles ao Caça e Pesca, a prefeita Luizianne Lins não colocou uma pedra”, disse Carlomano.
Em aparte, o deputado Dedé Teixeira (PT) pediu mais calma ao deputado Carlomano. Disse que originariamente era favorável ao estaleiro Promar. “Mas me quedei, porque diversas entidades da cidade de Fortaleza como o IAB e outras instituições tomaram posição contrária. Ao final da discussão, concluí que era um excelente negócio apenas para os donos do empreendimento”, assinalou.
JS/AT