Para o pedetista, são louváveis as iniciativas do Governo do Estado em construir novos hospitais regionais, como o de Juazeiro do Norte e o de Sobral, policlínicas e centros de especialidades odontológicas, além de anunciar novos hospitais em Quixeramobim e na Região Metropolitana. Porém, ele considera inaceitável existirem recursos nos cofres estaduais, leitos ociosos na rede hospitalar de Fortaleza e os pacientes do HFG continuarem recebendo “tratamento desumano, conforme frisou a assessoria da Procuradoria de Defesa da Saúde Pública”. O parlamentar explicou ainda que há no HGF uma lista de espera de cirurgias de 8.278 pessoas. Há casos em que o paciente aguarda até nove meses para a realização da intervenção.
Heitor Férrer acentuou também que defende a construção de um novo Instituto José Frota, pela natureza dos atendimentos prestados por esta unidade. Conforme explicou, o IJF recebe pacientes com traumas, que precisam de socorro urgente. E não há na Capital nenhuma outra instituição capaz de promover terapias de emergência.
Ele assinalou ainda que os deputados não foram omissos. Uma comissão composta por Roberto Mesquita (PV), Augustinho Moreira (PV), Capitão Wagner (PR) e ele, esteve no HGF para conhecer pessoalmente “as mazelas” do hospital. “No entanto, mesmo denunciando o tratamento inadequado, para dizer o mínimo, nada foi feito”.
Para o deputado, o Governo está com recursos em caixa, e teria a obrigação humanitária de pagar esses leitos que existem ociosos, nas demais unidades da rede do Sistema Único de Saúde.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) disse que o governador está sendo insensível. “A maior função do Governo é cuidar dos seus entes. Querem construir hospitais e policlínicas para promoverem fotos e inaugurações, não para atender a população”, disse.
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