Dedé lamentou o fato de veículos de comunicação explorarem o processo “de forma exagerada para pressionar a opinião pública”. Ele rebateu aspectos colocados por partidos de oposição e a mídia até agora. Conforme o deputado, o que o PT fez foi pagar despesas das campanhas de 2002 e 2004 de partidos aliados. Os valores não teriam sido contabilizados perante a Justiça Eleitoral.
O petista negou que tenha havido pagamento mensal com o intuito de comprar o apoio dos congressistas. Rebateu também a tese de dinheiro público ter sido usado no esquema. Os recursos teriam vindo de empréstimos contraídos nos bancos Rural e BMG.
Ele também condenou a cobrança de alguns setores sociais e da imprensa, que tacharam o Governo Federal de fazer vista grossa às denúncias. Segundo o parlamentar, nunca se investigou tanto casos de corrupção como nas gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Dedé Teixeira revelou que, somente na administração de Lula, a Polícia Federal deflagrou mais de mil operações. Elas teriam resultado na prisão de mais de 14 mil pessoas, das quais 1.700 seriam servidores públicos. O deputado ponderou que mais de 600 testemunhas já foram ouvidas e nenhuma confirmou a existência do mensalão. “São mentiras que nem o Roberto Jefferson (ex-deputado federal pelo PTB-RJ e que denunciou o suposto esquema de propina em 2005), as CPIs do Congresso, Ministério Público, Polícia Federal, investigações paralelas da imprensa e órgãos de fiscalização conseguiram reunir elementos para sustentá-las”, pontuou.
Por fim, Dedé Teixeira reforçou pronunciamento feito pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, em defesa dos petistas incluídos na lista de réus do processo. Do PT ou não, 38 pessoas se defendem da acusação de sete crimes. “O PT não quer abafar nada. O PT e a sociedade querem a verdade”, considerou.
BC/AT