Conforme esclareceu Heitor Férrer, a Santa Casa tem hoje uma fila de 1.615 pacientes aguardando cirurgias. “São pessoas com câncer de próstata, câncer de intestinos, entre outras enfermidades, que irão morrer sem a intervenção cirúrgica de que necessitam”, avaliou o deputado.
O parlamentar destacou que o Governo tem procurado mostrar uma agenda positiva, como a criação de voos internacionais para Holanda, EUA, França e Alemanha, e apontado um crescimento na arrecadação de 6,4%, com um total de receitas da ordem de R$ 26 bilhões em 2018. “Porém, ao mesmo tempo, há um crescimento de assassinatos no Estado. Há duas semanas, superamos o número de homicídios praticados em 2016”.
Na avaliação do deputado, há também outra forma de se matar, a decretação de “pena de morte” pelo Estado, que seria o não atendimento dos pacientes necessitando cirurgias. “O provedor da Santa Casa, Luiz Marques, foi às páginas de jornal indicando que, com o corte, vai reduzir o número de cirurgias. Duzentos e cinquenta pacientes não serão operados, e muitos morrerão”.
Antes do corte, afirmou Heitor Férrer, eram realizadas 600 cirurgias/mês. Porém, em 19 de outubro, o jornal Diário do Norte publicou reportagem sobre a Santa Casa mostrando leitos vazios e salas de cirurgias com atividades suspensas, acentuou.
O parlamentar revelou ainda que, todo mês, o Ceará paga R$ 130 mil de energia elétrica para o Centro de Formação Olímpica (CFO), que está fechado. “Um elefante branco, construído para formar atletas. Mas nenhum só foi formado. São 130 mil reais que faltam para a população”.
JS/PN