A reforma trabalhista, aprovada na noite de terça-feira no Senado, foi duramente criticada, ontem, na Assembleia Legislativa. O deputado Renato Roseno (Psol) lamentou que “os trabalhadores estejam sofrendo o maior ataque contra direitos históricos com a aprovação da reforma”. “É o maior ataque das últimas oito décadas”, criticou.
Além disso, o parlamentar argumentou que a reforma vai contribuir com a redução do desemprego – que hoje atinge 14 milhões de pessoa. “O capital quer resolver a crise ampliando a taxa de espoliação e de exploração dos trabalhadores para manter a sua rentabilidade”, alertou.
O deputado Capitão Wagner (PR) reafirmou sempre ter defendido os trabalhadores. “Quero mais uma vez registrar o nosso repúdio à reforma trabalhista e previdenciária”, afirmou. Ele defendeu ainda que a Assembleia Legislativa rejeite projetos semelhantes no Estado.
Integrante do partido do presidente da República, a deputada Dra. Silvana (PMDB) considerou absurda a aprovação da reforma trabalhista. Ao mesmo tempo, lembrou que o atual presidente Michel Temer está sob acusação de prática de crimes pelo Ministério Público. “Isso é muito constrangedor e não pactuo com isso”, informou.
A perda dos direitos trabalhistas foi apontada pelo deputado Moisés Braz (PT). A matéria, que aguarda a sanção do presidente Michel Temer, muda o texto atual e traz novas definições sobre férias, jornada de trabalho, entre outras questões. “Quero em nome dos trabalhadores brasileiros lamentar profundamente o que aconteceu ontem com aprovação do texto da reforma trabalhista”, disse.
Para o parlamentar, a reforma retirou direitos até então protegidos pela Constituição Federal de 1988, que foi rasgada juntamente com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “A pessoa que tenta buscar uma formação e se qualificar, busca ter cada vez mais segurança, um processo afirmativo dos seus direitos e ontem foi flexibilizado esses direitos da classe trabalhadora”, afirmou.
O deputado Dr. Santana (PT) reforçou a tese de que o atual governo “é inimigo da população”. O parlamentar afirmou que a proposta foi aprovada por homens que vivem de explorar o trabalho alheio. “Querem explorar ao máximo para aumentar seus lucros”, ponderou.
Já para a deputada Rachel Marques (PT), “a reforma vai de encontro às conquistas duramente alcançadas pelos nossos trabalhadores. São tantos os pontos de retrocesso nessa reforma”. A parlamentar manifestou indignação e disse que “a reforma proposta pelo atual governo representa um ataque frontal ao povo trabalhador brasileiro e aos direitos duramente conquistados”.
O deputado Osmar Baquit avaliou que o projeto político comandado pelo presidente Michel Temer assumiu para prejudicar os trabalhadores, tirando os direitos conquistados.