Para o parlamentar, o sistema é mais um instrumento que alimenta a indústria da multa no Estado. Joaquim Noronha informou que as câmeras, responsáveis por captar possíveis irregularidades no trânsito, vão ficar escondidas.
Na avaliação dele, isso prejudica os motoristas, que vão ser multados sem estarem cientes do monitoramento. “Considero isso um abuso, pois vai acontecer de um cidadão cometer uma irregularidade no trânsito, chegar em casa e a multa chegar lá antes dele”, criticou Joaquim Noronha.
De acordo com o deputado, nos países de primeiro mundo, quando o cidadão comete uma infração, ele é parado e cientificado da multa no exato momento.
“Vejo como muito arriscada essa medida, pois entendo que não estamos prontos para implantar isso, e não conheço lugar em que funcione satisfatoriamente esse sistema”, avaliou o parlamentar.
Em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) considerou que a indústria da multa virou uma política pública da atual gestão de Fortaleza. “Praticamente virou um programa de governo do prefeito Roberto Cláudio, multando pessoas como uma forma de arrecadação de recursos para a Prefeitura”, lamentou o parlamentar.
O deputado Roberto Mesquita (PSD) manifestou decepção com a decisão do prefeito Roberto Cláudio. “Fico perplexo em ver que o prefeito se associou à indústria da multa, com uma nova ferramenta. Por que ele não utiliza a tecnologia para monitorar o sofrimento das pessoas nos postos de saúde da Capital?”, sugeriu.
Já o deputado Odilon Aguiar (PMB) avaliou que as multas são utilizadas como forma de reforçar o caixa da Prefeitura. “É um absurdo, pois a indústria da multa é uma máquina de fazer dinheiro para as administrações que querem arrecadar de forma errônea e irresponsável”, pontuou.
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