Conforme salientou o pedetista, os profissionais, acompanhados pela direção do Sindicato dos Médicos do Ceará, relataram várias questões que estão enfrentando. “Desde sexta-feira, os médicos do hospital municipal deflagraram greve. Espero que as justas demandas sejam atendidas”, assinalou.
As principais reclamações são o descaso com os equipamentos mínimos necessários e a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, que foi aprovado há cinco anos pela Câmara Municipal.
Julinho assinalou que os médicos já buscaram diálogo com Poder Público, porém não receberam resposta. Outra questão, afirmou, é o pagamento da hora trabalhada. “O servidor que trabalha no final de semana tem o pagamento dobrado, mas o prefeito enviou para a Câmara Municipal mensagem retirando o benefício”, revelou.
Além disso, há grave precariedade nos procedimentos, com falta de material até para cirurgias. “Está faltando prioridade para a saúde. Maracanaú é um município rico e poderia investir mais no setor, mas não é o que está acontecendo”, acrescentou.
Segundo Julinho, os médicos denunciaram ainda que os pacientes estão dormindo nos corredores e em cadeiras. “Falta desfibrilador, falta antibiótico, e a reforma do prédio do hospital não termina. Falta iluminação na sala de cirurgia; os médicos estão operando no escuro. Os profissionais estão desestimulados e prestes a pedir demissão”, atestou o deputado.
Em aparte, o deputado Evandro Leitão (PDT), líder do Governo, declarou que a saúde é um tema realmente relevante e muito cobrado do Governo do Estado. “Direitos adquiridos são praticamente cláusulas pétreas. A retirada da gratificação por trabalho no fim de semana é extremamente grave, e o Ministério Público pode intervir”, afirmou. O parlamentar pediu para que a deputada Fernanda Pessoa (PR) cobrasse uma solução, como aliada da Prefeitura de Maracanaú.
O deputado Dr. Santana (PT) disse que é solidário com todos os profissionais médicos. “A greve é legítima quando são ameaçados os direitos trabalhistas”, pontuou.
JS/AT