A instituição realiza estudos e pesquisas com foco no acompanhamento da evolução conjuntural do mercado de trabalho. Com o corte, segundo ele, estudos sobre a situação dos desempregados ficaram comprometidos. “A gente cobra do Governo posicionamento diferente em relação a essa instituição, que é importante não só para a pesquisa, mas para a reinserção das pessoas ao mercado de trabalho”, assinalou.
Na avaliação dele, o Governo perdeu o interesse em saber das estatísticas de desempregados no Ceará, que, de acordo com Capitão Wagner, têm crescido a cada pesquisa. Ao citar estudo realizado em nível nacional, o parlamentar apontou que o Estado acumulou um saldo negativo de mais de 42 mil postos de trabalho, destacando-se como o 3º que mais perdeu vagas de trabalho. “Foram mais de sete mil postos perdidos só em 2017, gerando aumento da parcela de desempregados, que, no ano passado, já somava 250 mil só na Região Metropolitana de Fortaleza”, informou.
O parlamentar destacou que é preciso haver mais investimentos “nesse tratamento que o Sine/IDT dá entre a iniciativa privada, geradora de emprego, e o trabalhador que está querendo se inserir no mercado de trabalho”.
Capitão Wagner afirmou que a falta de pesquisas complica as linhas de atuação das políticas públicas. “É difícil direcionar qualquer política pública. A pesquisa é quem diz a idade, a qualificação dos desempregados e quais as áreas onde há mais emprego à disposição. Isso gera um prejuízo muito grande para o trabalhador e também para o emprego no Estado”, avaliou.
Em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) disse que, quando o corte é linear, prejudica áreas prioritárias, como saúde, segurança e geração de emprego. O parlamentar destacou que há um manifesto em prol da categoria e já tem apoio de 30, dos 46 deputados da Casa. “Isso demonstra o quão importante é a continuidade dos serviços prestados pelo Sine/IDT”, disse. “Hoje, da forma como o Governo tem feito em demitir essas pessoas, ficamos no completo escuro”, emendou.
O deputado Leonardo Araújo (PMDB) lamenta que, num momento em que o desemprego aumenta no Estado, são tirados recursos desse órgão que tem a capacidade de divulgação e de lutar por vaga de emprego. “É ir na contramão da economia do Estado”, ponderou.
LS/AT