Segundo o parlamentar, a mensagem 8.102 não vai conceder reajuste aos servidores.“Com o aumento do valor da Previdência, os trabalhadores terão 3% a mais de desconto no salário. Se o governador pretende dar um reajuste de apenas 2%, os servidores terão prejuízo”, apontou.
Para Heitor Férrer, o governador Camilo Santana deve avaliar um reajuste de pelo menos 6% aos servidores públicos. “Se fôssemos somar, o Governo não deu reajuste aos trabalhadores por dois anos, e a reposição da inflação desse período é de 18%. É vergonhoso enviar uma matéria dessas para a Assembleia, portanto devemos devolver essa maldade para o chefe do Executivo”, afirmou.
O deputado ressaltou ainda que em todas as matérias do Governo que tratam de reajuste é obrigatório mandar as tabelas de valores referentes aos cargos. “As tabelas são o corpo e a alma da matéria, e, nessa proposta, o governador quer que aprovemos que o Poder Executivo edite decretos, prevendo as novas tabelas contendo a remuneração dos cargos. Não pode ser assim, essas tabelas precisam vir na Lei”, salientou.
O parlamentar enfatizou também que o secretário da Fazenda do Estado, Mauro Filho, em audiência no final de fevereiro, afirmou que o Ceará teve as metas fiscais alcançadas com aumento real da arrecadação dos tributos e das receitas correntes. “O secretário disse que o desempenho das receitas correntes pode ser considerado excelente, já que elas ficaram acima da previsão do quadrimestre em 16,88%. Se o Estado está bem, os servidores precisam de reajuste real”, acrescentou.
Em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) observou que, segundo o secretário Mauro Filho, os números deixam claro que o Ceará está bem em todas as receitas. “Entram mais recursos que no ano anterior. Dar um reajuste de 2% é maltratar o cidadão. Concordo que a mensagem precisa ser devolvida ao Executivo”, pontuou.
O deputado Ely Aguiar (PSDC) descreveu a mensagem do reajuste como “exploração aos servidores públicos”. “O que me estarrece é o silêncio dos servidores frente a essa exploração do Estado”, disse.
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