Para Ely Aguiar, há deputados que querem a descontinuidade na fiscalização das prefeituras. O deputado lembrou que 14 prefeitos foram denunciados por malversação de recursos públicos, e até o Ministério Público recorria ao Tribunal de Contas dos Municípios durante as investigações.
A extinção do TCM teria como objetivo retaliar o atual presidente da corte, o ex-deputado Domingos Filho, na opinião de Ely Aguiar. Ele recordou que o então governador Cid Gomes construiu uma nova sede para o Tribunal, por R$ 13 milhões, e ainda elogiou o trabalho realizado pela corte de contas.
Além disso, o deputado lembrou que está na pauta da AL pacotes de medidas econômicas, entre eles o aumento de ICMS e da contribuição previdenciária dos servidores. “O Governo vai tirar três por cento do salário de quem não teve aumento”, avaliou.
Ely Aguiar comentou que o Governo faz despesas desnecessárias, como a compra de tuneladoras e a construção de estádios, mas faltariam recursos para setores prioritários. “Estamos sentindo a falta de um governador da envergadura de um Tasso Jereissati”, disse.
Em aparte, o deputado Odilon Aguiar (PMB) considerou a extinção do TCM uma “excrescência”. Ele informou que os prefeitos do Ceará afastados desviaram R$ 14 bilhões. “Como irão ficar os municípios e a população, sem a fiscalização do tribunal?”, questionou.
O deputado Danniel Oliveira (PMDB) antecipou voto contrário ao aumento da contribuição previdenciária dos servidores. “Se o Estado está bem financeiramente, como apregoam os deputados governistas, então não faz sentido aumentar essa contribuição”, comentou.
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