O Ceará, conforme observou, não se destaca apenas nos transplantes cardíacos. O deputado informou que, em 2016, foram realizados, entre outros, 183 transplantes de fígado, cinco de pulmão, 91 de medula óssea, sete de esclera, além de 1.207 transplantes de córnea. “A fila para transplante de córnea, inclusive, foi zerada”, salientou.
Mesmo com a realização desses transplantes, Leonardo Pinheiro informou que ainda há 700 pessoas na fila à espera para procedimento. De acordo com ele, é um número grande, “porém muito inferior ao de outros estados”. “Há várias pessoas de outros estados que vêm ao Ceará em busca desse tipo de procedimento. Por aí podemos ver como nosso Estado vem evoluindo em relação a outros nessa área”, assinalou.
Leonardo Pinheiro também comentou a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) do Governo do Estado que propõe alterações na Previdência Social. De acordo com o parlamentar, independente do resultado da votação da PEC no Plenário, “a Previdência necessita de uma reforma”.
Ele ressaltou que vários deputados participaram da elaboração da proposta, com emendas no sentido de reduzir ao máximo o impacto na população. “É preciso reconhecer que esta Casa está fazendo um esforço nesse sentido, e que todos os estados da Federação estão se submetendo a esse reajuste”, lembrou.
O deputado também comentou a participação dos profissionais de enfermagem na sessão de hoje. De acordo com Leonardo Pinheiro, os profissionais estão em luta por melhores condições de trabalho. “Uma luta mais do que justa, visto que os enfermeiros são peças fundamentais de qualquer instituição voltada para a saúde.”
Em aparte, a deputada Mirian Sobreira (PDT) informou que a categoria já perdeu as esperanças quanto à redução para 30 horas de trabalho, “mas que a categoria tem outras demandas pelas quais é preciso lutar”.
Ela destacou a instituição de um piso salarial para esses profissionais. “Tem prefeito no interior do Estado que só paga o que quer aos enfermeiros, e isso não é certo. Ninguém quer ser reconhecido como ‘anjo’, como todo mundo fala, e sim como profissional que precisa de condições ideais para realizar seu trabalho”, disse.
O deputado Lucílvio Girão (PP) frisou que, diante das dificuldades que o Brasil enfrenta, estabelecer um piso salarial é zelar pela população. “Ganhando bem, trabalha-se bem, e só quem ganha com isso é o povo”, pontuou.
O deputado Moisés Braz (PT) disse que a população precisa se conscientizar mais a respeito da doação de órgãos. “Às vezes, por questões culturais, pessoas perdem a vida porque as famílias não permitem a doação de um órgão de um parente já falecido. É preciso fazer esse debate junto à população. Creio que a Assembleia vem promovendo isso com sucesso”, elogiou.
PE/AT