Em seu primeiro pronunciamento na Assembleia Legislativa, após ter sido exonerado da Secretaria da Cultura, o deputado Francisco Pinheiro (PT) ressaltou os resultados gerados a partir da aliança feita entre PT e PSB, desde 2006. O petista fez questão de destacar diversas iniciativas das administrações estadual, federal e municipal desde quando as duas legendas resolveram se unir, afirmando acreditar ainda que os dois partidos possam estar juntos nesta eleição para a Prefeitura de Fortaleza, mesmo que no segundo turno.
"Insistimos em ressaltar a importância dessa aliança constituída entre PT e PSB, em 2006. Conseguimos no Ceará avanços muitos significativos, avanços esses que garantiram a aliança desde o âmbito municipal até o federal", ressaltou. Pinheiro pontuou diversas ações administrativas que, segundo ele, só foram possíveis por conta da aliança.
O parlamentar tratou de enumerar iniciativas que partiram do Governo Federal, do Governo Estadual, mas citou apenas um feito da administração de Luizianne, em Fortaleza: o Metrofor que, conforme explicou, teve recursos do Município, da União e, principalmente, do Estado.
Policlínicas
O deputado salientou as medidas e programas do Governo Federal para minimizar os efeitos da seca, o Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), do Estado, as escolas profissionalizantes e as ações do Executivo cearense na área da saúde com a construção das policlínicas e dos hospitais regionais. "Um sistema de atendimento publico extremamente eficaz", observou.
Para manter a aliança, analisa o petista, é preciso respeitar as posições adotadas pelos partidos que a compõe, acreditando ser legítimo os partidos lançarem seus candidatos, contudo não acha interessante descartar, de vez, uma união entre PT e PSB. "Desejo que possamos continuar unidos no primeiro turno, caso não seja possível, vamos deixar janelas e portas abertas para estarmos unificados no segundo turno. O povo cearense não quer retrocesso", ponderou.
Diálogo
De acordo com Pinheiro, os Governos, seja no âmbito municipal ou estadual, voltam-se, principalmente, para a população mais pobre, mais um motivo, segundo atesta, para apostar na manutenção do diálogo dos partidos que constituem a base aliada. "É por isso que nós acreditamos em manter a possibilidade de conversação. Não podemos pôr em risco um projeto que vem alterando, profundamente, a vida da população", alegou.
Os petistas e socialistas presentes no plenário não fizeram apartes ao pronunciamento de Pinheiro. A maioria vem evitando falar do assunto, aliança PT e PSB, principalmente, da tribuna da Casa. Na sessão anterior, o líder do bloco PT-PSB, deputado Welington Landim (PSB), fez questão de colocar o posicionamento do seu partido sobre esse imbróglio.