Evandro Leitão disse não concordar com as críticas do deputado Capitão Wagner (PR) sobre o tratamento aos servidores. "Repudio a forma indelicada e desrespeitosa de Capitão Wagner. Ele praticou, no mínimo, uma indelicadeza com o governador Camilo Santana", afirmou.
Segundo o parlamentar, Capitão Wagner teria dito que nada foi feito pelo atual Governo em favor do funcionalismo. “Sou servidor público e entrei em 1994, na Secretaria da Fazenda. Durante dois anos trabalhei no Interior, em Inhamuns, Crateús, Mosenhor Tabosa. Trabalhei na corregedoria da Fazenda e me sinto contemplado pelo respeito do atual Governo”, acrescentou.
De acordo com o líder, no início do ano, o governador comunicou a falta de condição, naquele momento, de discutir aumento salarial, tendo em vista um cenário nacional de retração econômica e redução de receitas. “Havia muitas interrogações. Não se sabia o que teríamos para um futuro próximo. Por isso pediu 90 dias para conceder reajuste para os servidores”, lembrou.
Apesar das incertezas, continuou Evandro Leitão, o Governo concedeu 10,67% para 23 mil servidores que recebem remuneração mínima. “Aqui se falou que o governador era mentiroso. Mas muito foi feito em 2016 pelo Governo do Estado. A Polícia Militar passou por uma reestruturação, que era reivindicação de 15 anos da categoria. Foram corrigidas distorções históricas, que tiveram repercussões financeiras”, pontuou.
Evandro Leitão explicou que a Polícia Civil passou por uma descompressão de cargos da categoria, com repercussões salariais. “Muitos policiais civis foram contemplados, não é justo não reconhecer isso.”
Evandro Leitão assinalou ainda que Plano de Cargos e Carreiras da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) está sendo apreciado na Assembleia. “Tudo isso é respeito com servidor público. Sinto-me representado e respeitado pelo Governo, como servidor público”, repetiu, acrescentando que o PCCS do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) também foi aprovado e houve nomeações de 80 professores na Universidade Estadual.
“Isso é respeito com a categoria e com a população. O Ceará faz parte de um país que se encontra em uma grave crise. Estamos no quinto ano consecutivo de seca. O Estado atravessa uma questão hídrica delicada. Vários estados brasileiros estão com salários de servidores em atraso, enquanto o Ceará cumpre sua obrigação de pagar o funcionalismo em dia”, ressaltou.
Em aparte, o deputado Bruno Pedrosa (PP) disse que Capitão Wagner agiu de forma desrespeitosa em relação ao governador. “A gente não pode fugir da questão fiscal. Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro estão sem dinheiro para pagar servidores. Esse não é o momento de acirrar os ânimos. Aqui foram contratados, ao todo, 772 policiais civis”.
Capitão Wagner (PR) respondeu que prefere “jogar para a plateia” a defender “um governo que mentiu ao longo de dois anos”.
JS/AT