Segundo o parlamentar, muitos dos jovens não conhecem a textualização da reforma educacional e estão ocupando escolas de maneira “irresponsável”. “É um movimento de esquerda, mandado pelo PT. Estão usando os jovens e prejudicando quem precisa assistir aula, entre outros”, ressaltou.
O deputado salientou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também será alterado por conta das ocupações. “Mais de 100 mil candidatos passam o ano todo se preparando para o Enem. Como irão fazer as provas em escolas ocupadas? O Governo Federal deveria ter tido pulso forte e acabado com essas ocupações”, afirmou.
Fernando Hugo assinalou que o Ministério da Educação (MEC) chegou a propor duas provas: uma nesse final de semana e outra em dezembro, para os candidatos que não podem fazer o teste por conta das ocupações. “Está errado. Não tem como candidatos concorrerem com provas diferentes. O Ministério Público Federal no Ceará pediu a suspensão da prova do Enem em todo o Brasil. A ação foi ajuizada pelo procurador da República Oscar Costa Filho. Isso é o que deve ser feito, adiar o exame e tratar da desocupação dessas escolas”, acrescentou.
O parlamentar observou ainda que os manifestantes e políticos ligados às ocupações alegam que a Reforma do Ensino Médio não pode ser feita através de Medida Provisória. “Essa reforma na educação já foi bastante debatida. O Fies e o Prouni, por exemplo, foram criados por Medida Provisória. Isso é argumento de pessoas que saíram do Governo e agora querem induzir os jovens a continuarem com essas ocupações insanas”, frisou.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) ressaltou a importância do Exame Nacional do Ensino Médio e de tratar a seleção de maneira séria. O parlamentar também salientou que as ocupações dos jovens nas escolas não têm partido. “É uma manifestação legítima, sem partido, sem bandeira, contra o que o Governo quer impor”, afirmou.
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