De acordo com Heitor Férrer, a linha leste do VLT, especificamente no ramal Parangaba/Mucuripe, não tem previsão para a retomada das obras, mesmo se tratando de uma promessa ainda para a Copa do Mundo de 2014. Ele adiantou ainda que solicitará, por meio de requerimento, a presença o ex e do atual secretário de Infraestrutura do Estado e de representantes do consórcio formado pelas construtoras Consbem, Passarelli e Engexata, para esclarecimentos no Plenário.
“A obra do ramal Parangaba/Mucuripe foi contratada pelo Estado por meio de um certame licitatório e teria o custo de R$ 174 milhões, devendo estar pronta para a Copa de 2014. Porém, o Estado afirma que a empresa responsável estava fazendo 'corpo mole', e decidiram suspender o contrato unilateralmente”, detalha o parlamentar.
Heitor Férrer afirmou que a empresa foi multada no valor de R$ 145 mil, enquanto o contrato exigia a garantia de execução de 5% do valor total, caso houvesse a desistência. Sendo assim, a empresa deveria ter depositado R$ 9,7 milhões.
“A empresa já teria recebido R$ 98 milhões, e nos sobrariam R$ 95 milhões para terminar. Mas o Estado resolveu fazer uma nova licitação por R$ 174 milhões para terminar a obra. Uma obra que começou com R$ 174 milhões para ser toda concluída, passou por um conluio entre o Governo e o consórcio e agora nos custará um total de R$ 272 milhões”, avaliou o deputado.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) afirmou que situações como essas, já constatadas, com o Acquario Ceará e a aquisição das máquinas perfuratrizes, comprovam a falta de transparência do Governo passado. O deputado Agenor Neto (PMDB), por sua vez, lembrou que o Governo do Estado é responsável pelo projeto. “A denúncia que o senhor faz é fundamentada em números reais e, nesse momento, deve estar chocando muitas famílias”, opinou.
LA/AT