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Quarta, 20 Abril 2016 04:28

Aliados e opositores de Dilma se enfrentam na Assembleia

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Leonardo Araújo disse que Michel Temer, ao contrário do que dizem aliados de Dilma, tem condições de assumir a Presidência do País Leonardo Araújo disse que Michel Temer, ao contrário do que dizem aliados de Dilma, tem condições de assumir a Presidência do País ( FOTO: FABIANE DE PAULA )
O processo que pode resultar no afastamento da presidente Dilma Rousseff foi classificada, ontem, pelo deputado Elmano Freitas (PT), como golpe parlamentar que estaria sendo aplicado por um partido que decidiu chegar à presidência sem disputar votos em eleição. Segundo ele, os brasileiros que vão às ruas pedir o impeachment da presidente não querem o vice-presidente Michel Temer (PMDB) como presidente.   "Isto fica claro quando pesquisas mostram apoio de 19% dos brasileiros ao ex-presidente Lula, Aécio Neves 17%, Marina Silva 14% e o conspirador Temer apenas 1%", apontou. "Esse é o homem que os peemedebistas querem colocar no governo. O mesmo que criou e ajudou na crise que continua até hoje".   Elmano disse que, ao contrário do que seus colegas correligionários pregam, Temer não seria "limpo" e que há denúncias contra o vice-presidente. "Como não tem se ele está sendo investigado na Operação Lava Jato, tendo o seu nome citado na lista dos que receberam propina da Odebrecht? Enquanto isso, o nome da presidente Dilma não aparece em momento algum", defendeu. "O PMDB não precisa dar um golpe para chegar à presidência e Michel Temer tem todo o direito de disputar uma eleição".   Os deputados federais também foram alvos do petista. De acordo com Elmano, a maioria dos que disseram sim ao afastamento da presidente estariam sendo investigados da Operação Lava Jato e, junto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), articulam a saída de Dilma, que não concorda com o fim das investigações. "Estão com medo, pois sabem que logo estarão presos. Por isso se juntam a Cunha, que é réu".   O petista ainda afirmou que centrais sindicais e movimentos populares, ao lado de partidos como PCdoB e PSOL, vão se manter unidos na luta contra "os ataques aos direitos do povo".   Corrupto   Os peemedebistas estavam em peso na Assembleia Legislativa e não ouviram calados. Em resposta a Elmano, o deputado Leonardo Araújo (PMDB) disse que Michel Temer, ao contrário do que pregou o petista, tem todas as condições de assumir a presidência da República. "Então o deputado deve voltar atrás em seu voto dado a Dilma na urna, pois, ao teclar o número 13, aparecia a foto dela, mas também de Temer, que em nenhum momento pediu para ser o candidato a vice-presidência", disse.   Leonardo alegou não ser justo um petista chamar o PMDB de corrupto quando não há um peemedebista preso, argumentando que o PT coleciona "presidiários" que se tornam ícones para a sigla. "Sabemos que a corrupção não nasceu com o PT, mas foi generalizada em seu governo. Querer culpar o PMDB pelo desmando que o PT fez no mundo é injustificável", apontou.   Por sua vez, o líder peemedebista na Assembleia, Audic Mota, ressaltou que a manhã de ontem seria diferenciada, por isso teria feito questão de madrugar na Casa para garantir espaço na Tribuna. "Vivemos um momento áureo em nossa história. Um governo corrupto está prestes a ser retirado do Planalto".   A votação de domingo representou, em sua visão, a intenção dos brasileiros que pedem a renúncia ou impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Não foi um pedido em vão e solitário. Ela cometeu crime de responsabilidade e deve pagar por isso".   Para o parlamentar, a derrota mostrou ainda que o PT já não tem a mesma força de antes e que, "por incompetência", não atingiu a terça parte que precisava para o processo ser arquivado na Câmara Federal. "Perdeu por uma larga maioria, mostrando que a decisão é legitima. Não vi armas apontadas para deputados e, portanto, eles foram lá e disseram sim, pelo afastamento, por vontade própria", destacou.   Além da presidente Dilma Rousseff, quem também saiu derrotado foi o ex-presidente Lula. "Ele se aquartelou em um quarto de hotel, onde recebeu vários deputados tentando do seu jeito convencer para o voto contrário ao andamento, mas mesmo assim não conseguiu sucesso", observou. "Mesmo com toda a sua habilidade, Lula fracassou. Para quem tinha certeza que teria mais de 230 votos e, no fim, receber pouco mais de 130, foi uma surpresa e tanto".   Comemoração   A deputada Silvana Oliveira (PMDB) foi outra que não escondeu o clima de comemoração pela votação na Câmara Federal, mas criticou que proposta sua, antes vista como absurda, poderia ser usada pelo governo petista para evitar que Michel Temer fique com o comando do país em caso do impeachment passar pelo Senado.   "Eu sugeri eleições gerais e me diziam não haver consistência para isso. Então passei a abraçar a ideia do impeachment. E, agora, para minha surpresa, vejo que, após a derrota do Governo na votação da Câmara Federal, esse assunto está sendo discutida uma PEC propondo novas eleições", ressaltou.   Seja pelo afastamento no Senado ou renúncia, Silvana também defende que o governo petista chegue ao fim o quanto antes. "Estão maltratando nosso país e falam em golpe. Golpe foi aplicado em nosso povo quando nas eleições faziam promessas, sabendo ser impossíveis de serem cumpridas", apontou. A parlamentar disse que há a necessidade de mudança urgente, possibilitando o "destravamento" proporcionado pelo governo.   O deputado George Valentim, do PCdoB, partido fiel ao governo Dilma, se solidarizou com os petistas e voltou a afirmar não haver crime de responsabilidade, como pregava a oposição. "Prova de que nem eles veem razão para tirar a presidente, na hora do voto, poucos citaram o motivo que justificaria o afastamento. Lembraram das famílias e até de coisas absurdas, mas poucos falaram em crime cometido pela presidente", relatou o parlamentar.
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